Hakuho rompe com Associação de Sumô do Japão, mas promete seguir promovendo o esporte

Maior campeão da história do sumô se desliga oficialmente da entidade após escândalos, mas afirma que continuará atuando para divulgar a modalidade mundialmente

O ex-lutador Hakuho, considerado o maior yokozuna da história do sumô, formalizou nesta segunda-feira (9) sua saída da Associação de Sumô do Japão (JSA), mas garantiu que continuará atuando para promover a modalidade fora da entidade. Com 45 títulos na divisão principal — um recorde absoluto —, o ídolo nascido na Mongólia encerra oficialmente seu vínculo com o organismo que rege o sumô profissional no Japão.

A decisão ocorre pouco mais de um ano após o fechamento do estábulo Miyagino, que ele comandava como mestre após se aposentar em 2021. A unidade foi desativada após denúncias de agressões físicas cometidas por um de seus pupilos, Hokuseiho, contra lutadores mais jovens. Como consequência, Hakuho foi rebaixado dois níveis dentro da hierarquia da associação e seus atletas foram transferidos para outro estábulo.

Em entrevista coletiva em Tóquio, o agora ex-eldar de 40 anos afirmou que deseja continuar contribuindo para o desenvolvimento do sumô, mas de uma nova maneira: “Quero desenvolver o sumô sob uma perspectiva externa. Focarei em projetos para espalhar o sumô pelo mundo”, declarou.

O afastamento marca o fim de uma relação muitas vezes tensa com a cúpula do sumô. Durante sua carreira, Hakuho foi criticado por um estilo de luta considerado agressivo demais por parte da velha guarda, o que o levou a assinar um compromisso formal de conduta antes de ser aceito como dirigente.