Medida entra em vigor em 23 de junho e prevê prisão ou multa para quem revender arroz acima do preço pago no varejo
Em resposta à disparada dos preços do arroz no país, o governo japonês decidiu na sexta-feira (13) proibir a revenda do produto adquirido em supermercados e lojas online. A medida visa impedir que os estoques emergenciais liberados a preços reduzidos sejam revendidos com fins lucrativos, dificultando o acesso dos consumidores ao alimento básico da dieta japonesa.
A proibição entra em vigor no dia 23 de junho. A partir dessa data, quem revender arroz por um valor superior ao pago no varejo poderá ser condenado a até um ano de prisão, multado em até 1 milhão de ienes (aproximadamente R$ 36 mil), ou ambas as penalidades.
A decisão foi tomada após o governo adotar, no fim de maio, uma ação rara: a liberação de estoques públicos de arroz por meio de contratos diretos com varejistas. O objetivo é conter os preços, que dobraram em relação ao ano passado devido a fatores como quebras de safra e aumento na demanda.
“O risco de revenda é real, já que o arroz dos estoques está sendo vendido por preços mais baixos”, afirmou o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi. “É necessário criar um ambiente que permita entregar esse arroz ao maior número possível de pessoas.”
A proibição se aplica tanto ao arroz dos estoques governamentais quanto a outros tipos comprados no varejo. Dos 910 mil toneladas em estoque, o governo já decidiu liberar quase tudo, mantendo apenas cerca de 100 mil toneladas como reserva para emergências futuras.