Temporada de escalada no Monte Fuji começa com novas regras e taxa de entrada

Trilhas em Shizuoka são reabertas com cobrança de 4.000 ienes e medidas contra escaladas noturnas

A temporada oficial de escaladas no Monte Fuji começou em sua totalidade nesta quinta-feira (10), com a reabertura das três trilhas do lado de Shizuoka. Neste ano, os alpinistas devem pagar uma taxa obrigatória de 4.000 ienes (cerca de R$ 150) para acessar essas trilhas.

A trilha mais popular, localizada na vizinha de Yamanashi, foi aberta em 1º de julho. Ambas as regiões adotaram medidas para desencorajar a prática perigosa conhecida como “bullet climbing”, que consiste em subir a montanha durante a madrugada sem descanso, com o objetivo de ver o nascer do sol.

As trilhas Fujinomiya, Gotemba e Subashiri (em Shizuoka) e Yoshida (em Yamanashi) permanecerão abertas até 10 de setembro.

Yuji Asato, de 45 anos, vindo de Yokohama, estava animado para escalar: “No ano passado, não consegui subir por causa de um tufão. Desta vez, quero ver o nascer do sol e voltar para casa.”

Nesta temporada, Shizuoka implementou restrições rigorosas. Entre 14h e 3h da manhã, o acesso às trilhas está proibido. Além disso, todos os escaladores precisam assistir a um curso sobre regras de escalada e passar por um teste, que pode ser feito presencialmente ou via aplicativo no celular. Sem uma reserva confirmada para pernoite em um abrigo na montanha, não é permitido ultrapassar o portão da 5ª estação — ponto de partida comum das trilhas.

Já Yamanashi dobrou o valor da taxa em relação ao ano anterior, subindo de 2.000 para 4.000 ienes, e limitou o número de escaladores da trilha Yoshida a 4.000 por dia. Por outro lado, Shizuoka não impôs limite de visitantes.

O Monte Fuji, com 3.776 metros de altitude, é a montanha mais alta do Japão e um dos pontos turísticos mais famosos do país. Desde 2013, é considerado Patrimônio Mundial Cultural pela UNESCO e atrai centenas de milhares de visitantes todos os anos.