Crescimento expressivo é impulsionado por novas políticas de apoio à paternidade; meta de 50% até 2025 pode ser alcançada
O Japão registrou um recorde histórico de 40,5% dos pais com filhos recém-nascidos tirando licença-paternidade em 2024, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do país.
O índice representa uma alta de 10,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior, marcando o 12º ano seguido de crescimento. O aumento está ligado à nova política de licença-paternidade, introduzida em 2022, que oferece mais flexibilidade e incentivos para os pais tirarem folga após o nascimento do filho.
A licença-paternidade permite até 4 semanas de folga dentro dos primeiros 2 meses após o parto, além da licença-parental padrão, válida até o bebê completar 1 ano.
Segundo o governo, se o ritmo continuar, a meta de 50% de adesão entre os pais pode ser alcançada até 2025. No entanto, o acesso à licença ainda varia bastante dependendo do setor e do porte da empresa.
🏢 Diferenças entre empresas:
Empresas com 100 a 499 funcionários: 55,3% dos pais tiraram licença.
Empresas com 500 ou mais funcionários: 53,8%.
Empresas pequenas (5 a 29 funcionários): apenas 25,1%.
Empresas com 30 a 99 funcionários: 35,8%.
🏭 Diferenças entre setores:
Setores com menor adesão: imóveis, aluguel de bens, serviços de lazer e entretenimento (menos de 20%).
Setores com maior adesão: finanças e seguros (mais de 60%).
A licença-maternidade continua muito mais comum, com 86,6% das mães utilizando o benefício.
Apesar do progresso, muitos homens ainda evitam tirar a licença por medo de sobrecarregar colegas de trabalho ou enfrentar resistência no ambiente profissional.
“É importante criar uma sociedade que respeite o desejo dos trabalhadores de tirarem folga para cuidar dos filhos”, afirmou um representante do ministério.