Japão e Coreia do Sul reforçam cooperação com os EUA diante de ameaças da Coreia do Norte e Rússia

Tóquio e Seul discutem segurança regional e tarifas americanas em encontro que reafirma alinhamento trilateral com Washington.

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun, reuniu-se nesta terça-feira (30) em Tóquio com seu homólogo japonês, Takeshi Iwaya, no primeiro encontro bilateral desde que assumiu o cargo. O encontro teve como foco as crescentes ameaças da Coreia do Norte, incluindo a aproximação militar com a Rússia.

“Eles reafirmaram que continuarão a trabalhar em estreita colaboração entre o Japão e a Coreia do Sul, bem como entre o Japão, a Coreia do Sul e os EUA”, destacou o Ministério das Relações Exteriores japonês em comunicado.

Durante a reunião, ambos manifestaram preocupação com o envio de milhares de tropas norte-coreanas à região russa de Kursk e com o fornecimento de munições por Pyongyang à Rússia. Também discutiram os roubos de criptomoedas realizados pela Coreia do Norte, usados para financiar seus programas nuclear e de mísseis.

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun (à esquerda), aperta a mão de seu homólogo japonês, Takeshi Iwaya, no Ministério das Relações Exteriores em Tóquio, em 29 de julho. (Imagem via Asahi)

Tarifas americanas e próxima reunião com os EUA

Após o encontro em Tóquio, Cho Hyun seguirá para Washington, onde terá sua primeira reunião com o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio em 31 de julho.

A Coreia do Sul busca fechar um acordo comercial com os EUA para limitar o impacto das tarifas americanas, que entram em vigor em 1º de agosto.

“As negociações tarifárias estão chegando ao fim. Darei muito apoio a isso também”, disse Cho a repórteres em Seul antes da viagem.
“Mas, mais importante, discutiremos como cooperar entre a Coreia do Sul, os EUA e o Japão, bem como fortalecer a aliança com os EUA de forma abrangente.”

O Japão, por sua vez, já firmou um acordo comercial com Washington que reduz tarifas sobre automóveis e outros produtos, demonstrando a importância da coordenação econômica no eixo trilateral.

Com informações via Asahi Shimbun