Mais de 3 milhões sob risco de evacuação; deslizamentos de terra e inundações atingem Kagoshima, Kumamoto e Fukuoka durante o feriado.
O Japão enfrenta uma das piores crises climáticas dos últimos anos, com chuvas torrenciais sem precedentes atingindo a região de Kyushu, no sudoeste do país. Desde sexta-feira, 8 de agosto, deslizamentos de terra, inundações e transbordamento de rios têm causado mortes, desaparecimentos e destruição em diversas províncias.
Mortes e desaparecidos:
- Em Aira (Kagoshima), uma mulher morreu após o desabamento de sua casa causado por um deslizamento de terra.
- Em Kosa (Kumamoto), um homem está desaparecido após ser soterrado.
- Em Yatsushiro, uma mulher foi encontrada sem vida dentro de um carro que caiu em um canal de irrigação.
- Em Fukutsu (Fukuoka), um casal na faixa dos 60 anos foi arrastado por um rio transbordado.
- Em Tamana (Kumamoto), um recorde de 37 cm de chuva em seis horas deixou a cidade submersa.
Casas inundadas e evacuações em massa:
Mais de 681 casas foram inundadas nas províncias de Kagoshima, Kumamoto e Fukuoka.
A Agência de Gestão de Incêndios e Desastres emitiu alertas de evacuação para mais de 3 milhões de pessoas.
Em Kirishima, a água invadiu um shopping center, chegando ao nível dos joelhos.
Alerta máximo e resposta do governo:
A Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu o nível máximo de alerta para Kumamoto, com previsão de até 40 cm de chuva em 24 horas.
O primeiro-ministro Shigeru Ishiba montou uma força-tarefa e declarou:
“O governo fará de tudo para proteger vidas e garantir a segurança dos cidadãos”.
Transportes e infraestrutura afetados:
- O Shinkansen (trem-bala) foi suspenso entre Kagoshima e Hakata.
- Rodovias em Kyushu estão bloqueadas.
- Mais de 6.000 residências ficaram sem energia elétrica em Kumamoto.
Risco se estende a outras regiões:
A frente de chuvas avança para o norte e oeste do Japão, com alertas de deslizamentos emitidos para Ishikawa, Toyama, Akita e Aomori.
Em Kanazawa (Ishikawa), foram registrados 331 mm de chuva em 12 horas, 1,5 vez acima da média mensal.