Arroz Koshihikari da província de Saga é vendido por ¥5.500 em Tóquio; governo monitora estoques e impacto da inflação no consumo.
A nova safra de arroz começou a chegar às prateleiras dos mercados japoneses, mas os consumidores estão sendo surpreendidos por preços até 60% mais altos em relação ao mesmo período do ano passado. Em um supermercado no distrito de Shibuya, em Tóquio, o arroz Koshihikari da província de Saga está sendo vendido por ¥5.500 (cerca de US$ 37) por pacote de 5 kg, valor bem acima da média nacional.
Segundo o comerciante Koike Tadao, os preços refletem pagamentos antecipados mais altos feitos pelas cooperativas agrícolas aos produtores, além do impacto da inflação alimentar que já vinha pressionando os preços desde a safra anterior.
Oscilação nos preços e estoques do governo:
De acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (MAFF), o preço médio do arroz vendido em cerca de mil supermercados caiu para ¥3.542 por 5 kg na semana encerrada em 3 de agosto, após duas semanas de alta. A queda foi atribuída ao aumento na oferta de arroz estocado pelo governo, vendido por meio de contratos diretos.
O arroz de marca única foi vendido, em média, por ¥4.202, enquanto o arroz misturado, incluindo o de estoque, caiu para ¥2.999, o menor valor desde fevereiro. A chegada da nova safra deve reconfigurar os preços nas próximas semanas, dependendo da qualidade da colheita e da liberação de estoques governamentais.
Resumo dos preços (agosto 2025):
Tipo de arroz | Preço médio por 5 kg | Variação semanal |
---|---|---|
Koshihikari (Saga) | ¥5.500 | +60% (ano) |
Marca única nacional | ¥4.202 | -¥45 |
Arroz misturado | ¥2.999 | -¥134 |
Média nacional geral | ¥3.542 | -¥83 |
Impacto político e troca ministerial:
O tema ganhou destaque nacional após o então ministro da Agricultura, Taku Eto, renunciar ao cargo em maio por não saber o preço do arroz durante um evento público. A gafe, agravada pela revelação de que recebia arroz como presente de apoiadores, gerou indignação e foi vista como desconexão com a realidade dos consumidores.
Eto foi substituído por Shinjiro Koizumi, ex-ministro do Meio Ambiente, que prometeu transparência na gestão dos estoques e apoio aos agricultores diante da alta nos custos de produção.
Com informações via NHK World