Alta é impulsionada por férias escolares em outros países, cultura pop japonesa e desvalorização do iene
O Japão recebeu cerca de 3,4 milhões de visitantes estrangeiros em julho de 2025, um aumento de 4,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse é o maior número já registrado para julho, segundo estimativas divulgadas nesta quarta-feira (20) pela Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO).
O aumento foi impulsionado pelas férias escolares em outros países, pela popularidade da cultura japonesa — como animes e mangás — e pela desvalorização do iene, que torna o país mais acessível para turistas estrangeiros.
Entre os países que mais enviaram visitantes ao Japão, a China liderou, com 974.500 pessoas, um crescimento de 25,5% em comparação ao ano anterior. A Coreia do Sul veio em segundo, com 678.600 visitantes, mas registrou uma queda de 10,4%. Em terceiro lugar ficou Taiwan, com 604.200 visitantes, um aumento de 5,7%, também um recorde mensal — impulsionado pelo aumento de voos entre o Japão e o território.
Além disso, 15 mercados, incluindo Estados Unidos, França e Indonésia, também bateram recordes de visitantes para o mês de julho.
No entanto, boatos sobre um possível desastre natural no Japão em julho, espalhados nas redes sociais, afetaram negativamente o número de turistas vindos de Hong Kong e da Coreia do Sul. A especulação veio de uma previsão contida no mangá “O Futuro que Eu Vi”, do artista japonês Ryo Tatsuki, que citava a data de 5 de julho como o dia de um terremoto devastador. Isso chegou a levar ao cancelamento de voos regulares entre Hong Kong e o Japão.
A Organização Nacional de Turismo informou que continuará promovendo o turismo estratégico no país, analisando de perto as tendências de mercado.
O governo japonês tem como meta, até o final do ano de 2025, aumentar o gasto médio por turista para 200 mil ienes (cerca de R$ 1.355) e elevar a média de pernoites em regiões fora dos grandes centros para duas noites, em comparação com os níveis de 2019, que eram de 159 mil ienes e 1,4 noite, respectivamente.