Nikkei 225 atinge novo recorde enquanto inflação japonesa desacelerou em agosto

Índice japonês se beneficia de alta em Wall Street e expectativa de corte de juros nos EUA; inflação recua para abaixo de 3% pela primeira vez em nove meses, mas alimentos seguem em alta.

O índice Nikkei 225, principal referência da Bolsa de Valores de Tóquio, fechou o pregão desta segunda-feira com uma nova máxima histórica, atingindo 45.493 pontos, um avanço de quase 1% em relação ao fechamento da última sexta-feira.

O desempenho positivo foi impulsionado pelos ganhos recordes em Wall Street, registrados no fim da semana passada. Todos os três principais índices de Nova York bateram seus próprios recordes, refletindo o otimismo do mercado diante da possibilidade de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reduza as taxas de juros ainda este ano para estimular a economia.

A perspectiva de uma economia americana mais forte animou os investidores japoneses, já que isso representa maior demanda por produtos e serviços do Japão. Com isso, as ações subiram em todos os setores da Bolsa de Tóquio, consolidando o bom momento do mercado financeiro japonês.

Inflação desacelera, mas alimentos seguem em alta:

Enquanto o mercado financeiro comemora, os consumidores japoneses enfrentam inflação persistente, embora com sinais de desaceleração.
Segundo o Ministério do Interior e Telecomunicações, o Índice de Preços ao Consumidor (excluindo alimentos frescos) subiu 2,7% em agosto na comparação anual.
Esse número representa uma queda de 0,4 ponto percentual em relação a julho, marcando a primeira vez em nove meses que o índice fica abaixo de 3%.

A desaceleração foi atribuída à redução nos custos de serviços públicos, como gás e eletricidade, graças aos subsídios governamentais que ajudaram a conter os preços.

Por outro lado, os alimentos continuam pressionando o orçamento das famílias:

  • O arroz subiu quase 70% em relação ao ano anterior, embora tenha recuado 21 pontos percentuais em relação a julho
  • O chocolate ficou 49% mais caro
  • O café teve alta de 47%
  • Os tradicionais bolinhos de arroz (onigiri) estão 18,5% mais caros

A combinação de inflação nos alimentos e alívio nos serviços públicos mostra um cenário misto para os consumidores, enquanto o mercado financeiro japonês vive um momento de otimismo.

Com informações via NHK World – Link1, Link2