Hamas liberta 20 reféns vivos em Gaza após acordo de cessar-fogo mediado por Trump

Israel também libera mais de 1.900 prisioneiros palestinos; presidente dos EUA visita a região e assina documento de paz em cúpula no Egito.

O grupo palestino Hamas libertou nesta segunda-feira (13 de outubro) todos os 20 reféns vivos que mantinha na Faixa de Gaza, como parte da primeira fase do plano de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), os reféns foram divididos em dois grupos:

7 libertados no norte de Gaza pela manhã
13 libertados no sul de Gaza à tarde

Todos foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e transferidos para Israel, onde serão reunidos às suas famílias.

Em troca, o governo israelense iniciou a libertação de prisioneiros palestinos:

250 presos com penas longas
1.718 detidos sem acusação formal desde o início da guerra
O primeiro ônibus com libertados já chegou à Faixa de Gaza, segundo a Sociedade de Prisioneiros Palestinos

Multidões se reuniram no território palestino para aguardar o retorno, e hospitais estão preparados para receber os detidos.

Histórico do conflito:

O Hamas havia sequestrado 251 pessoas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra. Outros quatro reféns já estavam sob custódia do grupo antes do ataque.

O governo israelense confirmou que:

26 reféns estão mortos, cujos corpos ainda permanecem em Gaza
Os restos mortais do soldado Hadar Goldin, morto em 2014, também seguem retidos
Há dois reféns com status incerto, e o governo expressa graves preocupações sobre seus destinos

Visita de Trump e cúpula de paz:

O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou à região na segunda-feira e participou de uma cúpula de líderes pela paz em Gaza, realizada em Sharm el-Sheikh, Egito.

Durante o evento, Trump assinou o documento oficial do cessar-fogo e declarou:

“Levou 3.000 anos para chegar a este ponto, dá para acreditar? E vai se manter firme também.”

Em entrevista a bordo do Air Force One, Trump afirmou que a guerra “acabou” e que acredita na eficácia do acordo, mesmo com garantias verbais entre os envolvidos.