Número de mortes ultrapassa o do ano anterior; governo usa nova lei para autorizar caça emergencial de urso em área residencial de Sendai
O Japão enfrenta um aumento preocupante nos ataques de ursos, que já resultaram em sete mortes desde abril até o início de outubro, informou o Ministério do Meio Ambiente nesta quarta-feira (15). O número supera as seis mortes registradas no último ano, tornando-se o maior já registrado no país.
Entre as vítimas está um homem encontrado morto em 8 de outubro em uma floresta de Kitakami, em Iwate. Segundo as autoridades locais, ele havia desaparecido no dia anterior enquanto colhia cogumelos. A autópsia confirmou que a causa da morte foi o ataque de um urso.
No mesmo dia, um urso adulto de 1,4 metro de altura foi abatido na cidade de Sendai, na cidade vizinha de Miyagi, depois de ser visto em uma área residencial. O abate marcou a primeira aplicação da nova lei de proteção e manejo da vida selvagem, que entrou em vigor no mês passado.
De acordo com a prefeitura de Sendai, o animal foi avistado na tarde de terça-feira (14). Após o alerta de moradores, o prefeito autorizou caçadores a realizarem o “abate emergencial” por volta das 6h da manhã de quarta-feira, medida agora permitida em casos de risco à população.
A nova legislação permite que governos municipais contratem caçadores para eliminar animais perigosos, como ursos, quando eles aparecem em áreas povoadas, representando ameaça direta a moradores.
Autoridades ambientais alertam que o número crescente de ataques pode estar relacionado à escassez de alimentos nas florestas e ao aumento do contato entre humanos e animais silvestres. O governo japonês reforçou o pedido para que moradores evitem se aproximar de áreas montanhosas durante o outono, período em que os ursos buscam alimento antes da hibernação.