Primeira-ministra afirma que fontes nacionais são essenciais para enfrentar inflação e garantir competitividade; setor nuclear comemora apoio.
A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, afirmou nesta sexta-feira (24) que o país precisa maximizar o uso de fontes de energia nacionais e livres de carbono, como a energia nuclear e as células solares perovskitas, para enfrentar a inflação e garantir a segurança energética.
Takaichi, que assumiu o cargo nesta semana, enfrenta pressões econômicas causadas pelo alto custo das importações de combustíveis fósseis. Ela destacou:
“Um fornecimento estável e acessível de energia é essencial para sustentar a vida dos cidadãos, as indústrias nacionais e fortalecer nossa competitividade.”
A premiê defende o uso de:
- Energia nuclear
- Células solares perovskitas, tecnologia de próxima geração desenvolvida no Japão
- Reatores inovadores e energia por fusão nuclear, em fase de desenvolvimento
Meta para 2040 e retomada de usinas
O Japão pretende que a energia nuclear represente 20% da matriz elétrica até 2040, contra menos de 10% atualmente. Desde o desastre de Fukushima em 2011, apenas 14 das 54 usinas nucleares foram reativadas.
Atualmente:
- 4 reatores receberam permissão inicial para reinício
- 8 estão em avaliação de segurança
- Outros 10 podem solicitar reativação
O governo também ampliou o tempo de operação das usinas de 40 para 60 anos.

Diferença regional nos custos
Segundo dados oficiais:
- Regiões com maior uso de energia nuclear, como Kansai e Kyushu, tiveram custos de eletricidade 30% a 40% mais baixos no último ano fiscal
- Em Hokkaido, sem reativações, os preços foram significativamente mais altos
Apoio do setor nuclear
A eleição de Takaichi foi bem recebida pela indústria nuclear, que espera apoio para construção de novas usinas e leilões estatais de capacidade. Atualmente, apenas uma nova planta está em fase de projeto.
A premiê reforçou que a segurança energética é prioridade nacional, especialmente diante da demanda crescente de energia por data centers e da necessidade de reverter anos de declínio na produção interna.
Com informações via Asahi Shimbun
