Pesquisa revela baixa conscientização sobre proibição global de fluorescentes devido ao mercúrio; transição para LED pode causar incêndios se mal feita.
A produção, importação e exportação de lâmpadas fluorescentes serão banidas em diversos países até o fim de 2027, conforme acordo da Convenção de Minamata sobre Mercúrio, assinada por 147 nações, incluindo o Japão e o Brasil. Essa medida visa reduzir riscos à saúde e ao meio ambiente causados pelo mercúrio, um neurotóxico presente nas lâmpadas. No Japão, fabricantes como a Panasonic Corp. anunciaram o fim da produção em 2027, após décadas de fabricação.
Fontes como o Mainichi Shimbun e a Kyodo News confirmam que o banimento abrange lâmpadas tubulares retas e circulares, acelerando a transição para tecnologias mais eficientes como o LED.
Resultados da Pesquisa da Panasonic
Uma pesquisa online realizada pela Panasonic Corp. em setembro de 2025, com cerca de 7.000 participantes de 20 a 70 anos, revelou que 61,5% ainda usam lâmpadas fluorescentes em casa. No entanto, 42,8% afirmaram “nunca ter ouvido falar” da proibição iminente, enquanto 47,9% ouviram, mas apenas 9,3% conhecem detalhes.
Quanto às ações planejadas (respostas múltiplas permitidas):
- Apenas 8,1% substituíram imediatamente as fluorescentes por LEDs.
- 43,8% não deram importância e não agiram.
- 23,1% pretendem esperar até as lâmpadas atuais falharem antes de trocar.
Esses dados, atualizados em relatórios do Asahi Shimbun e Nikkei Asia, indicam uma possível corrida por conversões à medida que 2027 se aproxima, o que pode sobrecarregar o mercado.
Riscos na Transição para LED
Grupos da indústria, como a Associação Japonesa de Fabricantes de Iluminação, alertam para perigos na substituição incorreta.

A Panasonic enfatiza que simplesmente trocar lâmpadas fluorescentes por LEDs não garante segurança, pois os aparelhos de iluminação têm vida útil limitada.
- Período recomendado de substituição: 8 a 10 anos após instalação.
- Vida útil máxima: 15 anos, quando a troca é obrigatória para evitar ignição ou fumaça devido à deterioração de circuitos e fiação.
O Instituto Nacional de Tecnologia e Avaliação (NITE) registrou 12 incidentes de incêndios entre 2015 e 2024, causados por incompatibilidades em lâmpadas tubulares retas, circulares e em forma de bulbo. Para bulbos, a troca é geralmente direta se o encaixe coincidir, mas tipos dimerizáveis ou para banheiros exigem LEDs compatíveis. Recomenda-se consultar manuais de instrução.

Se houver adaptador especializado no teto, a instalação pode ser feita pelo usuário; caso contrário, profissionais são necessários. Para equipamentos antigos, a recomendação é substituir o aparelho inteiro, especialmente se ultrapassar 10 anos.
Com informações via Mainichi Shimbun
