Parceria público-privada selecionou quatro grupos para oferecer cerca de 300 unidades habitacionais a famílias com crianças a partir de 2026.
No dia 7 de novembro de 2025, o Governo Metropolitano de Tóquio anunciou a seleção de quatro grupos operadores para gerir fundos público-privados no valor total de aproximadamente 20 bilhões de ienes (cerca de US$ 130 milhões ou R$ 740 milhões). O objetivo é fornecer moradias acessíveis, com aluguéis cerca de 80% abaixo das taxas de mercado, marcando a primeira iniciativa do tipo no Japão por meio de colaborações entre setor público e privado.
A medida responde ao aumento contínuo dos preços de imóveis e aluguéis na capital, especialmente impactando famílias em criação de filhos e lares monoparentais. Os contratos deverão ser assinados ainda neste ano fiscal, com as primeiras 300 unidades disponíveis a partir do ano fiscal de 2026.
Estrutura dos Fundos e Investimentos
O orçamento do Governo Metropolitano para o ano fiscal de 2025 destina cerca de 10 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 64 milhões) para custear a participação nos fundos. O setor privado complementará com mais de 10 bilhões de ienes, totalizando a escala do projeto.
Os operadores selecionados são:
- Nomura Real Estate Development Co.
- SMBC Trust Bank Ltd.
- Mitsubishi UFJ Trust and Banking Corp.
- Um quarto consórcio ainda não revelado.
Cada fundo investirá em condomínios novos e existentes, além de casas vagas, definindo condições de aluguel e ocupação. As diretrizes exigem unidades com no mínimo 45 m² e, preferencialmente, características que facilitem a criação de crianças, como proximidade a escolas e parques.
Regras de Aluguel e Retorno de Investimento
O Governo Metropolitano flexibilizou o retorno sobre seu investimento: quanto maior a redução no aluguel, menor o retorno esperado. Entre as condições obrigatórias está a fixação de aluguéis em níveis acessíveis aos inquilinos, priorizando famílias com filhos.
- Aluguéis: cerca de 80% do valor de mercado.
- Público-alvo: famílias em criação de filhos e lares monoparentais.
- Critérios de conforto: unidades amplas e adaptadas à vida familiar.
Relatórios do Nikkei Asia destacam que o modelo pode servir de piloto para outras regiões metropolitanas do Japão, como Osaka e Yokohama, enfrentando crises habitacionais semelhantes.
Com informações via Mainichi Shimbun
