A TEPCO reinicia reatores 6 e 7 (2.710 MW); fim de década parada pós-Fukushima alinha com plano nuclear de Takaichi.
O governador de Niigata, Hideyo Hanazumi, deve anunciar em sexta-feira, 21 de novembro de 2025, a aprovação para a retomada parcial da Usina Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo em capacidade instalada, com 8.212 MW. A decisão, confirmada por fontes do governo provincial à Kyodo News, representa o último passo regulatório para a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO) reativar os reatores 6 e 7 (total 2.710 MW), parados desde março de 2012 pelo impacto do desastre de Fukushima.
A usina, que atravessa as cidades de Kashiwazaki e a vila de Kariwa, passou por inspeções rigorosas da Autoridade de Regulação Nuclear (NRA). Em outubro, a TEPCO concluiu verificações no reator 6 após carregamento de combustível, confirmando funcionamento de sistemas chave.
| Reator | Capacidade | Status Atual |
|---|---|---|
| 6 | 1.356 MW | Preparado para reinício |
| 7 | 1.354 MW | Preparado para reinício |
| Total | 2.710 MW | Potencial para 33% da demanda de Niigata |
Contexto Pós-Fukushima e Apoio Local
Desde o triplo meltdown de Fukushima em 2011, todos os 54 reatores japoneses foram desligados. Até outubro de 2025, apenas 11 foram reiniciados (10.647 MW total). Kashiwazaki-Kariwa, não afetada diretamente por Fukushima, foi parada por preocupações de segurança e terremotos (como o de Niigata-Chuetsu em 2007).
A TEPCO prometeu ¥100 bilhões (US$ 644 milhões) em apoio a comunidades locais, incluindo infraestrutura e programas sociais, para ganhar respaldo, apesar de oposição residual de ativistas antinucleares. Prefeitos de Kashiwazaki e Kariwa já indicaram aprovação; Hanazumi considerou audiências com municípios vizinhos e pesquisas de opinião.
O reinício impulsionaria o lucro anual da TEPCO em ¥100 bilhões e reduziria importações de GNL – Japão é o 2º maior comprador global após a China.
Alinhamento com Política de Takaichi
A aprovação alinha com a agenda da primeira-ministra Sanae Takaichi, que prioriza nuclear para segurança energética e redução de custos de vida. O governo visa elevar a participação nuclear para 20-22% da matriz até 2030 (atual <10%). Hanazumi inspecionou a usina em 14/11 e Fukushima, afirmando: “Não preciso de mais dados para decidir”.
A TEPCO continua pagando indenizações bilionárias por Fukushima, totalizando trilhões de ienes desde 2011.
Com informações via Asahi Shimbun
