Sayaka Yoshimura promete disputar vaga olímpica “por Fujisawa” após superar rival histórica

Nova skip da seleção japonesa tenta garantir uma das duas últimas vagas para os Jogos de Inverno de 2026, carregando o legado e a inspiração de Satsuki Fujisawa

A nova skip da seleção japonesa feminina de curling, Sayaka Yoshimura, afirmou que entrará na disputa final por uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026 também em nome de sua maior rival, Satsuki Fujisawa, ícone do esporte no Japão. A fase decisiva começa na sexta-feira, em Kelowna, no Canadá, e define as duas últimas vagas para a competição em Milão-Cortina.

Yoshimura, de 33 anos, conquistou o direito de representar o Japão após conduzir sua equipe, o Fortius, à vitória nos testes olímpicos nacionais em setembro. A conquista encerrou a sequência da equipe Loco Solare, liderada por Fujisawa, que havia representado o país nos últimos dois Jogos de Inverno.

“Vamos lutar por elas (Loco Solare) e garantir nossa vaga”, disse Yoshimura, destacando o respeito e a ligação que mantém com a antiga adversária.

Fujisawa, hoje com 34 anos, tornou-se o rosto do curling japonês ao conduzir sua equipe ao bronze nos Jogos de Pyeongchang, em 2018, e à prata em Pequim, em 2022. As duas atletas nasceram em Kitami, na região de Hokkaido, e se enfrentam desde a infância.

Apesar da rivalidade, Yoshimura lembra que sempre admirou a técnica de Fujisawa. “A vi pela primeira vez no ensino fundamental e pensei: ‘Uau, ela é muito habilidosa’”, contou.

Yoshimura estava na arquibancada quando Loco Solare conquistou o bronze em 2018 e viveu sentimentos de frustração ao ficar fora novamente da edição de 2022. A virada só veio quase 20 anos depois, quando finalmente superou Fujisawa nos trials de setembro. Emocionada, Fujisawa reconheceu a força da relação: “Sempre trabalhamos duro juntas, e por sempre competirmos uma contra a outra, nos tornamos mais fortes.”

Agora, Yoshimura parte para o Canadá com senso de responsabilidade e missão dupla: garantir o Japão nos Jogos e manter vivo o protagonismo do curling feminino no país. “Quero que minhas companheiras de equipe, que sempre estiveram ao meu lado, nos vejam no palco olímpico”, afirmou.