Entre abril e novembro, 230 pessoas foram atacadas, o maior número desde o início dos registros em 2006
O Japão registrou um número recorde de ataques de ursos entre abril e novembro de 2025, segundo dados preliminares divulgados nesta sexta-feira pelo governo japonês. No período, 230 pessoas foram atacadas em diferentes regiões do país, superando o recorde anterior de 219 casos registrado entre abril de 2023 e março de 2024. Os números são os mais altos desde o início dos registros, em 2006.
A cidade de Akita foi a mais afetada, com 66 vítimas. Em seguida aparecem as de Iwate, com 37 casos, e Fukushima, com 24. Somente no mês de novembro, 33 pessoas foram atacadas por ursos, e uma delas morreu.
Até o dia 20 de novembro, o total de mortes por ataques de ursos em 2025 havia chegado a 13, outro recorde negativo no país.
O aumento dos ataques tem preocupado autoridades e moradores. O governo japonês intensificou as medidas para lidar com o problema, incluindo maior monitoramento das áreas rurais, campanhas de orientação para a população e ações para evitar que os animais se aproximem de regiões habitadas.
Especialistas apontam que a escassez de alimentos nas florestas pode estar empurrando os ursos para áreas mais próximas das cidades, aumentando o risco de encontros com humanos. A recomendação é que moradores evitem locais isolados, façam barulho ao caminhar em áreas de mata e acionem as autoridades ao avistar um urso.
O governo segue avaliando novas estratégias para conter o avanço dos ataques e proteger tanto a população quanto a vida selvagem.
