Governo elevará taxa de 1.000 para 3.000 ienes para financiar ações contra o excesso de turismo no país
O governo do Japão confirmou que vai aumentar o imposto de saída — a taxa cobrada de qualquer pessoa que deixa o país — de 1.000 ienes (cerca de US$ 6,40) para 3.000 ienes (aproximadamente US$ 19,30) a partir do ano de 2026. A medida faz parte do pacote de reformas tributárias e tem como objetivo ampliar a arrecadação para enfrentar problemas relacionados ao turismo excessivo.
O imposto, oficialmente chamado de Imposto Internacional de Turismo, é cobrado no momento da saída do Japão, seja por via aérea ou marítima. A cobrança é feita diretamente por companhias aéreas e empresas de transporte, que adicionam o valor ao preço da passagem.
Segundo o governo japonês, o aumento busca financiar ações para reduzir os impactos da superlotação em pontos turísticos, além de lidar com questões de convivência e preservação cultural. Entre os problemas que motivaram a mudança estão aglomerações, comportamentos inadequados de visitantes e pressão sobre a infraestrutura local.
O Partido Liberal Democrata chegou a discutir a criação de uma cobrança diferenciada para passageiros das classes executiva e primeira classe, que pagariam 5.000 ienes (cerca de US$ 32,10). Porém, a proposta foi descartada por representar desafios administrativos para as companhias aéreas.
A taxa é paga por todos que deixam o Japão, inclusive cidadãos japoneses viajando a turismo ou trabalho. O governo afirma que manter a cobrança igual evita qualquer tipo de discriminação por nacionalidade.
Para reduzir o impacto sobre os próprios japoneses, está em estudo a diminuição do custo para emissão de passaportes de 10 anos. O valor atual, de 15.900 ienes (cerca de US$ 102,10) para solicitações online, pode ter um corte de até 10.000 ienes, aliviando parte da despesa adicional causada pelo imposto mais alto.
O aumento do imposto de saída deve gerar receitas extras significativas e será um dos pilares das novas políticas destinadas a equilibrar a popularidade turística do Japão com o bem-estar de moradores e a preservação dos destinos mais procurados.
