Arrecadação ultrapassa 48 bilhões de ienes impulsionada pela alta no número de visitantes estrangeiros.
O Japão registrou em 2024 a maior arrecadação já registrada com o imposto de saída cobrado dos viajantes, informou o Ministério das Finanças do país. A receita proveniente do tributo, que cobra 1.000 ienes de cada pessoa que deixa o país, atingiu até o momento 48,1 bilhões de ienes, superando o recorde anterior de 44,3 bilhões de ienes registrado em 2019, antes da pandemia.
Embora o valor final da arrecadação do ano fiscal, que vai de abril a março, ainda não tenha sido fechado, já é certo que o número ultrapassará o recorde pré-pandemia. O aumento está diretamente ligado à retomada do turismo internacional, impulsionada pela valorização do número de voos e pela desvalorização do iene, que torna o Japão um destino mais acessível para estrangeiros.
Segundo a Organização Nacional de Turismo do Japão, o país recebeu 17,7 milhões de turistas no primeiro semestre de 2024, confirmando a completa recuperação do setor para os níveis anteriores à crise sanitária.
O primeiro-ministro Shigeru Ishiba já sinalizou a possibilidade de aumentar o valor do imposto de saída, diante das demandas para captar mais recursos que possam ser investidos na promoção do turismo e na gestão do fluxo de visitantes, especialmente para evitar a superlotação em pontos turísticos populares.
O imposto internacional de saída é cobrado de todos os viajantes que deixam o Japão, independentemente da nacionalidade, e tem sido uma fonte importante de receita para o governo, especialmente após o impacto negativo causado pela pandemia.
Com a tendência de crescimento do turismo, o governo japonês busca equilibrar a atração de visitantes com a sustentabilidade dos destinos turísticos, utilizando recursos como o imposto para melhorias na infraestrutura e serviços oferecidos aos turistas.
A expectativa é que a arrecadação final de 2024 seja divulgada em breve, confirmando o avanço histórico do setor turístico japonês e reforçando a importância do turismo para a economia nacional.