Premiê japonês participará da cúpula do G7 focada em tensões globais, economia e segurança. Reuniões bilaterais estão previstas.
O primeiro-ministro do Japão, Ishiba Shigeru, desembarcou em Calgary, Canadá, para participar da aguardada Cúpula do Grupo dos Sete (G7) em Kananaskis. Com uma agenda carregada, o líder japonês buscará fortalecer a unidade entre as nações do G7 diante das crescentes tensões geopolíticas e desafios econômicos globais.
Ishiba chegou no domingo, um dia antes do início oficial da cúpula, que reunirá os líderes das maiores economias democráticas do mundo. A expectativa é que as discussões principais girem em torno das crescentes tensões no Oriente Médio, a persistente situação na Ucrânia e os desenvolvimentos mais recentes na região do Indo-Pacífico.
O premiê japonês deve enfatizar o compromisso do Japão com a paz e estabilidade na comunidade internacional, reforçando a importância da união entre as nações do G7 para enfrentar esses desafios complexos.

Além das questões de segurança, Ishiba Shigeru expressou a esperança de aprofundar as discussões sobre as perspectivas econômicas globais, a segurança econômica e o fortalecimento das cadeias de suprimentos. Este tema ganha particular relevância em um cenário de incerteza crescente, especialmente devido às medidas tarifárias impostas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump.
Um dos momentos mais aguardados da cúpula é o encontro bilateral entre Ishiba e Trump nos bastidores do G7. Autoridades japonesas indicam que a coordenação com o lado norte-americano está em andamento para agendar a reunião já para esta segunda-feira. Resta saber se os dois líderes conseguirão chegar a algum tipo de acordo sobre as medidas tarifárias americanas, um tópico de grande interesse para a economia global.

Além disso, há a expectativa de que o primeiro-ministro japonês converse com os líderes dos países convidados para a cúpula. Caso se concretizem, essas serão as primeiras reuniões presenciais de Ishiba com o presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, marcando importantes diálogos diplomáticos.