Estação das chuvas termina mais cedo que o normal no Japão, que enfrenta temperaturas extremas e número recorde de casos de suspeita de insolação.
A Agência de Meteorologia do Japão (JMA) anunciou na sexta-feira (18) que a estação das chuvas chegou oficialmente ao fim em várias regiões do país, incluindo Kanto-Koshin (onde está localizada Tóquio), Hokuriku e o sul da região de Tohoku. O término ocorreu mais cedo que o habitual: um dia antes da média em Kanto-Koshin, cinco dias antes em Hokuriku e seis dias em Tohoku Sul.
A mudança foi causada pelo fortalecimento precoce do sistema de alta pressão do Pacífico sobre o arquipélago japonês, combinado com ventos de oeste soprando mais ao norte que o normal. Com isso, a frente da estação das chuvas foi empurrada para regiões mais ao norte. A única área onde o fim da estação ainda não foi confirmado é o norte de Tohoku.
Com o fim das chuvas, o Japão passou a enfrentar uma intensa onda de calor. Temperaturas acima de 35°C foram registradas em diversas localidades, como Yamagata, Akita e Ishikawa. Em resposta, a JMA emitiu alertas de hipertermia para as províncias de Fukushima e Niigata. A população foi orientada a usar ar-condicionado, ingerir líquidos e sal regularmente e fazer pausas frequentes, especialmente para aqueles que trabalham ao ar livre.

O calor anormal já tem causado impactos significativos. Segundo dados preliminares da Agência de Gestão de Incêndios e Desastres do Ministério de Assuntos Internos, 16.943 pessoas foram levadas a hospitais em junho com suspeita de insolação. O número superou o recorde anterior de 15.969, registrado em junho de 2022.
Ainda segundo a JMA, a temperatura média no país em junho foi 2,34 °C mais alta que o normal, a mais alta desde o início dos registros climáticos no Japão.
Com o calor se intensificando e o verão apenas começando, as autoridades seguem em alerta e reforçam os cuidados com a saúde da população.