Eddie Jones quer transformar a identidade veloz da seleção japonesa em um modelo vencedor antes da turnê pela Europa
O técnico da seleção japonesa de rúgbi, Eddie Jones, afirmou nesta quinta-feira (14) que a Pacific Nations Cup (PNC), que começa no final de agosto, será uma oportunidade importante para transformar ideias em prática antes da turnê pela Europa em novembro.
“Ficamos com o segundo lugar no ano passado, e este ano o nosso objetivo é ir além e conquistar o título”, disse Jones durante uma coletiva de imprensa online.
O técnico destacou que o Japão já definiu sua identidade como um time de “Chosoku” rugby — termo que significa “super-rápido” —, mas reconhece que a equipe ainda precisa evoluir esse estilo em direção a um modelo mais vencedor. “Esse será um dos principais focos na PNC”, explicou.
O Japão, atualmente 14º no ranking mundial, estreia contra o Canadá (25º) no dia 30 de agosto, em casa, pelo Grupo B. Depois, enfrenta os Estados Unidos (16º) em 6 de setembro. As equipes disputam vagas nas semifinais do torneio, que também conta com Fiji, Samoa e Tonga.
Já em novembro, os Brave Blossoms (como é chamada a seleção japonesa) farão uma série de jogos na Europa, contra Irlanda (3º), País de Gales (12º), Geórgia (11º) e, possivelmente, contra os campeões mundiais de 2023, a África do Sul (1º).
O Japão inicia um campo de treinamento nesta sexta-feira, com atividades separadas para os avançados e os traseiros em Tóquio e Miyazaki. Jones quer dar atenção especial ao jogo de chutes e disputas aéreas — uma tendência crescente no rúgbi internacional.
“Essa é uma área em que precisamos ser muito bons. Mas temos que encontrar o nosso próprio jeito japonês de fazer isso, já que não temos tradição de chutar no rúgbi japonês”, explicou o treinador.
Entre os destaques do elenco, Jones citou os pontas Kippei Ishida e Haruto Kida, além do centro Tomoki Osada como jovens talentos promissores.
O capitão Michael Leitch não participará da PNC por “motivos pessoais”, mas deve retornar em novembro. Eddie Jones comentou que ainda não há um substituto imediato para a liderança de Leitch, que comandou o Japão nas Copas do Mundo de 2015 e 2019.
“Leitch ainda é, de longe, o melhor capitão do Japão. Os novos líderes terão grandes sapatos para preencher, e vamos construir essa liderança aos poucos,” finalizou o técnico.