Grupo JA eleva valores em até 76% em algumas regiões; calor extremo e custos agrícolas pressionam mercado e podem impactar o consumidor.
O Grupo de Cooperativas Agrícolas do Japão (JA), maior rede de distribuidores e atacadistas de arroz do país, está aumentando os pagamentos antecipados aos produtores, sinalizando uma possível alta nos preços da safra de outono de 2025.
Esses pagamentos são definidos anualmente pelas filiais regionais do JA antes da colheita e servem como referência para o mercado. Os agricultores usam os valores para comprar mudas, fertilizantes e equipamentos para o próximo ciclo.
Valores por região:
Segundo levantamento da NHK, em cinco províncias, os pagamentos ultrapassam 30 mil ienes (mais de US$ 200) por saca de 60 kg.
Na província de Niigata, maior produtora de arroz do Japão, o valor pago pela variedade Koshihikari subiu 76% em relação ao ano anterior, chegando a 30 mil ienes.
Na região de Uonuma, também em Niigata, o pagamento pela mesma variedade subiu 66%, atingindo 32.500 ienes.
Em outras 16 províncias, como Hokkaido, Yamagata e Tochigi, os valores estão entre 25 mil e 30 mil ienes.
Duas províncias estão pagando entre 20 mil e 25 mil ienes.
As cooperativas que participaram da pesquisa expressaram preocupação com o aumento dos preços de fertilizantes e equipamentos agrícolas, além do calor extremo, que pode afetar a qualidade e o rendimento do arroz.
O aumento nos pagamentos antecipados tem como objetivo evitar que os produtores vendam para outros compradores, diante da alta demanda e da competição acirrada.
Impacto no consumidor:
Os custos logísticos, somados aos lucros de atacadistas e varejistas, são incorporados ao preço final do arroz.
Um especialista prevê que o preço de varejo da safra de outono pode chegar a 4.500 ienes (cerca de US$ 30) por saco de 5 kg.
Com informações via NHK World