Japão e Brasil propõem quadruplicar uso global de combustíveis sustentáveis até 2035

Plano foi apresentado na primeira reunião ministerial sobre o tema, realizada em Osaka com participação de mais de 30 países e organizações internacionais.

Durante a primeira reunião ministerial sobre Combustíveis Sustentáveis, realizada nesta segunda-feira (15) em Osaka, Japão, os governos de Japão e Brasil apresentaram uma proposta ambiciosa: quadruplicar o uso global anual de combustíveis sustentáveis até 2035.

O encontro reuniu ministros de mais de 30 países da Europa, Ásia e outras regiões, além de representantes de organizações internacionais, com o objetivo de acelerar a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Foco na descarbonização:

O ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, Muto Yoji, co-presidiu a reunião e destacou que:

“A cooperação internacional e público-privada é essencial para expandir o uso dos combustíveis sustentáveis.”

Entre os principais temas discutidos estavam:

  • Biocombustíveis, hidrogênio, e-fuels e e-metano
  • Aplicações em automóveis, motores híbridos, aviação e transporte marítimo
  • A importância de adaptar estratégias às realidades de cada país

Meta global até 2035:

A proposta conjunta de Japão e Brasil visa:

  • Multiplicar por quatro o uso anual de combustíveis sustentáveis no mundo até 2035
  • Reduzir significativamente o consumo de combustíveis fósseis
  • Promover inovação tecnológica e infraestrutura verde

A iniciativa faz parte do programa ISFM (Initiative for Sustainable Fuels and Mobility), lançado durante a cúpula Japão-Brasil em maio de 2024, que une o potencial brasileiro em biocombustíveis com a tecnologia japonesa em mobilidade limpa.

Rumo à COP30:

Os resultados da reunião de Osaka serão apresentados na COP30 da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada no Brasil em novembro de 2025.
A expectativa é que a proposta ganhe apoio internacional e se torne base para acordos multilaterais sobre energia limpa.

Com informações via NHK World