Hiroshi Moriyama afirma que redução do imposto só é possível se houver indicação clara de nova fonte de recursos; tema será central nas eleições de verão.
O secretário-geral do PLD, Hiroshi Moriyama, reiterou sua postura cautelosa em relação à redução da taxa do imposto sobre consumo no Japão. Em discurso em Kagoshima, Moriyama destacou que o imposto é vital para financiar a seguridade social e que qualquer proposta de corte precisa apresentar claramente uma fonte alternativa de recursos para compensar a perda de arrecadação.
Moriyama afirmou que, embora a redução de impostos seja positiva para a população, “não faz sentido discutir corte de imposto sem indicar de onde virá o dinheiro para manter a seguridade social”. Ele criticou propostas que sugerem simplesmente emitir mais títulos públicos (dívida), alertando que tal caminho pode comprometer a credibilidade internacional do Japão e levar a uma crise fiscal.
A posição do líder do PLD reflete a preocupação do governo e da cúpula do partido com o impacto que uma eventual redução teria nas finanças públicas, especialmente em um país com população envelhecida e altos custos sociais. O imposto de consumo, atualmente de 10% (8% para alimentos), é considerado essencial para sustentar programas como aposentadorias e saúde.
Moriyama também indicou que o tema será um dos principais pontos de debate nas eleições para a Câmara Alta neste verão, já que partidos de oposição defendem cortes temporários ou isenção do imposto sobre alimentos para aliviar a inflação.
Além disso, Moriyama explicou que o governo está monitorando a execução do orçamento deste ano e, se necessário, poderá elaborar um orçamento suplementar para responder ao aumento dos preços, em vez de recorrer a cortes no imposto de consumo.