Japão libera mais arroz dos estoques nacionais para conter alta nos preços

Para controlar os preços, o Japão venderá 200 mil toneladas de arroz dos estoques nacionais a varejistas. Medida deve impactar o valor médio nos supermercados.

Em resposta à alta nos valores do alimento básico, o Ministério da Agricultura japonês anunciou a venda de arroz dos estoques nacionais, visando estabilizar o mercado e assegurar a disponibilidade para os consumidores.

Nesta terça-feira (10), o Ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Koizumi Shinjiro, anunciou que o governo planeja liberar mais arroz dos estoques nacionais para conter a disparada nos preços do alimento básico.

A medida prevê a venda de 200 mil toneladas de arroz colhidas em 2020 e 2021 diretamente para varejistas, por meio de contratos sem leilão. Segundo Koizumi, espera-se que 5 kg do arroz de 2020 sejam comercializados por cerca de 1.700 ienes, o equivalente a aproximadamente 12 dólares.

Estoque Suficiente Para Emergências:

Após essa nova liberação, o estoque nacional de arroz será reduzido para 100 mil toneladas. No entanto, Koizumi garante que essa quantidade é mais do que suficiente para enfrentar qualquer desastre natural. Ele citou como exemplos o Grande Terremoto do Leste do Japão, que demandou 40 mil toneladas de arroz, e o Terremoto de Kumamoto, que precisou de 90 toneladas.

Os dados mais recentes do Ministério da Agricultura, referentes ao final de maio, mostraram que os preços do arroz nos supermercados tiveram uma queda pela segunda semana consecutiva. O preço médio de um saco de 5 kg foi de 4.223 ienes, ou cerca de 29 dólares, na semana encerrada em 1º de junho. Esse valor, que já inclui impostos, representou uma queda de 0,9% em relação à semana anterior, com base em uma pesquisa realizada em cerca de mil supermercados em todo o país.

É importante notar que essa pesquisa não incluiu o arroz liberado dos estoques nacionais e vendido sob o novo sistema de contratos sem leilão, o que sugere que o impacto total da medida ainda será sentido nos próximos levantamentos de preços.