Expedição de duas alpinistas japonesas terminou em tragédia a 6.500 metros de altitude; resgate confirmou a morte de uma delas por hipotermia e evacuou a sobrevivente.
A organização japonesa WMA Japan, especializada em educação e suporte para medicina de emergência em ambientes remotos e desastres, confirmou nesta quinta-feira (26) que as duas mulheres japonesas desaparecidas durante uma escalada no Monte Huascarán, no Peru, eram integrantes da entidade. A expedição terminou em tragédia com a morte de uma das alpinistas.
As vítimas foram identificadas como Chiaki Inada, de 40 anos, conselheira da WMA Japan, e sua parceira de escalada, Saki Terada, de 35 anos. As duas estavam no Peru havia cerca de duas semanas para realizar a escalada do Monte Huascarán, o ponto mais alto do país andino, com 6.768 metros de altitude.
Segundo a WMA Japan, Inada e Terada ficaram presas na montanha a cerca de 6.500 metros de altitude. No dia 24, Inada sofreu uma queda severa de temperatura corporal (hipotermia) e perdeu a capacidade de se mover. Elas conseguiram pedir socorro, o que acionou as equipes de resgate locais.
A operação de resgate enfrentou dificuldades devido às condições climáticas extremas e à neve intensa na região. De acordo com a WMA Japan, quando os socorristas finalmente alcançaram as alpinistas no dia 26 (25 no horário local), Inada já estava inconsciente. Sua morte foi confirmada no local.
Terada foi resgatada com vida e está sendo transportada para tratamento médico. Ainda não foram divulgadas informações detalhadas sobre seu estado de saúde.
O Monte Huascarán, localizado nos Andes peruanos, é conhecido por sua beleza deslumbrante e pelos desafios extremos que impõe aos alpinistas. A tragédia reacende o alerta sobre os riscos das escaladas em altitudes elevadas, especialmente em regiões com clima instável.