Imperador Emérito Akihito é internado em Tóquio para monitoramento cardíaco

Akihito está sob observação em hospital universitário após mudança de medicação cardíaca que pode causar arritmia. Ele foi diagnosticado com isquemia silenciosa.

O Imperador Emérito Akihito, de 91 anos, foi internado no dia 14 de julho no Hospital da Universidade de Tóquio, localizado no bairro de Bunkyo, na capital japonesa. Segundo informações da Agência da Casa Imperial, a hospitalização tem caráter preventivo, com o objetivo de monitorar os efeitos de um novo medicamento oral para o coração.

🫀 Diagnóstico de isquemia silenciosa levou à mudança de tratamento

Durante uma internação anterior, em maio deste ano, Akihito foi diagnosticado com isquemia miocárdica silenciosa, uma condição na qual o fluxo de sangue para o músculo cardíaco é reduzido, mas sem sintomas perceptíveis ao paciente.

Desde então, o imperador vinha seguindo uma rotina cuidadosa: restrição na ingestão de líquidos, evitar esforço físico e uso de medicação para melhorar a circulação sanguínea. No entanto, como os sintomas não mostraram melhora, os médicos decidiram substituir o tratamento anterior por um novo remédio com ação mais direta sobre a função cardíaca.

⚠️ Monitoramento por risco de arritmia

O novo fármaco prescrito tem como possível efeito colateral a arritmia cardíaca, o que levou os médicos a optarem por uma internação de monitoramento, com foco no acompanhamento do eletrocardiograma do ex-imperador.

Acompanhado pela Imperatriz Emérita Michiko, Akihito deu entrada no hospital por volta das 15h30 (Créditos Imagem: Asahi / Shota Tomonaga)

🕊️ Histórico de saúde delicado

Antes do diagnóstico de maio, Akihito já havia sido diagnosticado com insuficiência cardíaca no lado direito do coração em 2022. Desde sua abdicação em 2019, a primeira de um imperador japonês em mais de dois séculos, ele vive longe dos compromissos públicos e sob atenção médica constante.

👑 Figura respeitada no Japão

Akihito é uma figura altamente respeitada no Japão, sendo lembrado por seu papel de reconciliação após a Segunda Guerra Mundial e por seu contato direto com o povo japonês em tempos de crise, como após o grande terremoto e tsunami de 2011.

A Agência da Casa Imperial informou que o ex-imperador está sob cuidados médicos especializados e que sua condição é estável no momento, embora continue exigindo atenção.