Versões simples e baratas, como o “kake ramen”, estão se popularizando diante do aumento nos custos de produção
Restaurantes que oferecem ramen sem os tradicionais toppings, como carne de porco assada (char siu), ovos cozidos e brotos de bambu (menma), estão se tornando cada vez mais comuns no Japão. A tendência é impulsionada pelo aumento dos custos de mão de obra e insumos, além da busca por opções mais econômicas e simples para o consumidor.
Um exemplo é o restaurante “Kake Ramen Hajime”, localizado no distrito de Ukyo, em Kyoto, onde o prato mais popular é o “kake ramen”, vendido por 400 ienes (cerca de R$ 15). A tigela vem apenas com macarrão, caldo e cebolinha — sem nenhuma outra cobertura.
Segundo o crítico de ramen Rikiya Yamaji, a oferta desse tipo de prato está crescendo, principalmente na região metropolitana de Tóquio. Para ele, essa tendência é tanto uma resposta econômica quanto uma estratégia de valorização dos ingredientes principais do ramen: o macarrão e o caldo.
“A simplicidade de servir apenas o caldo e o macarrão, algo que o ramen tradicional não costumava fazer, traz uma novidade atrativa. Além disso, isso mostra confiança na qualidade da base do prato e contribui para a identidade da marca do restaurante”, explica Yamaji.
Além de ser uma forma de conter custos, o ramen sem toppings agrada consumidores que preferem pratos mais leves ou com menos ingredientes. A nova onda também atrai a atenção de jovens e curiosos em busca de experiências diferentes.