Comitê independente conclui que bombeiros de Toki, em Gifu, falharam ao não socorrer homem em situação de rua após ligação de emergência.
Um homem em situação de rua morreu na cidade de Toki, em Gifu, após o corpo de bombeiros não enviar uma ambulância, mesmo depois de receber uma chamada de emergência. A falha foi considerada inadequada e grave por um comitê independente que analisou o caso e apresentou um relatório pedindo medidas para evitar novos erros.
O caso ocorreu em 13 de janeiro, quando um morador da cidade viu o homem deitado sob um viaduto, enrolado em um cobertor, e ligou para o número de emergência 119, dizendo que ele parecia estar mal. Apesar disso, os bombeiros decidiram não enviar ajuda, julgando que a situação não era urgente.
No dia seguinte, o homem foi encontrado em parada cardíaca e sua morte foi confirmada.
Segundo o relatório entregue ao prefeito de Toki, Junji Kato, dois atendentes estavam de plantão no momento da ligação. Um deles, ao ouvir do morador que “ele não está respondendo, pode estar morto”, respondeu que “provavelmente está apenas dormindo”. Quando o caso foi levado ao supervisor, que estava em outra sala, ele teria dito:
“Tanto faz. Vamos esperar para ver.”
O comitê concluiu que a situação exigia o envio imediato de uma ambulância e que não havia razão para hesitar. Também apontou falhas no sistema, como ausência de manuais claros e falta de treinamento, que teriam levado a decisões inconsistentes entre os funcionários.
Sobre a possibilidade de o homem não ter recebido socorro por estar em situação de rua, o relatório afirma:
“Não podemos concluir que a decisão de não enviar ambulância foi motivada apenas por isso.”
Durante uma coletiva de imprensa no dia 19 de agosto, o presidente do comitê, Nobuya Yazaki, reforçou que essa não foi considerada a causa direta da falha.
O prefeito Junji Kato pediu desculpas publicamente:
“Estamos aqui para proteger a segurança dos cidadãos e lamentamos profundamente ter perdido a confiança da população.”
Ele também afirmou que a prefeitura vai considerar punições para os servidores envolvidos, com base nos resultados da investigação policial em andamento.
