Vídeos mostram o homem bebendo oferenda alcoólica, manipulando objetos religiosos e agindo com desrespeito em local sagrado; polícia investiga o caso.
Um turista australiano provocou indignação nacional no Japão após publicar vídeos em que aparece profanando túmulos em um cemitério privado na cidade de Fujikawaguchiko, província de Yamanashi. Os vídeos, postados no início de agosto, viralizaram no fim do mês e geraram forte reação nas redes sociais japonesas.
Nos registros, o homem:
- Caminha entre os túmulos enquanto grava
- Abre e consome uma lata de chu-hai (bebida alcoólica) deixada como oferenda
- Toca a lata vazia no túmulo como se brindasse
- Joga a lata no chão do cemitério
- Manipula uma sotoba (placa de madeira com nome póstumo budista) retirada de um túmulo
- Exibe uma arma de brinquedo e manuseia objetos religiosos como um enfeite em forma de coelho

Em outro vídeo, o mesmo homem aparece pulando nu em um lago, supostamente em Kawaguchiko. Alguns dos vídeos foram removidos posteriormente, mas já haviam sido amplamente compartilhados.

A repercussão foi imediata:
“Você aceitaria isso no túmulo dos seus pais?”
“Peça desculpas, profanador de túmulos.”
“Nunca mais volte ao Japão.”
A polícia de Fuji Yoshida, responsável pela área, confirmou que está investigando o caso e analisando os vídeos para identificar o local exato e a natureza dos objetos manipulados. A possibilidade de ações legais ou restrições de entrada no país está sendo considerada.
Contexto cultural e religioso:
Embora o Japão não tenha tabus religiosos rígidos como em outras culturas, há profundo respeito pelos mortos e pelos locais de culto. Oferendas como bebidas alcoólicas são comuns, mas são destinadas à memória do falecido, jamais devem ser consumidas por terceiros.
O monge responsável pelo templo que administra o cemitério afirmou que nunca ouviu falar de alguém levando oferendas embora e que, embora o local tenha entrada livre, espera-se comportamento respeitoso.
A prefeitura de Fujikawaguchiko disse que não tinha conhecimento prévio dos vídeos, mas que já pediu ao templo maior controle sobre o espaço.
Com informações via J-Cast News, Livedoor News via SoraNews