S&P 500 tem pior dia em um mês; ações de tecnologia puxam queda global enquanto investidores reagem a juros altos, tarifas e instabilidade política.
As bolsas de valores ao redor do mundo registraram quedas significativas nesta terça e quarta-feira, com destaque para a Wall Street, que teve seu pior desempenho em um mês, e para o mercado asiático, afetado por incertezas políticas no Japão.
Wall Street – juros altos e pressão sobre o Fed:
- S&P 500 caiu 0,7% (–44,72 pts), fechando em 6.415,54
- Dow Jones recuou 0,5% (–249 pts), fechando em 45.295,81
- Nasdaq perdeu 0,8% (–175,92 pts), encerrando em 21.279,63
O principal fator foi a alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, com o yield de 10 anos subindo para 4,27%. Isso reduz o apetite por ações, especialmente de Big Tech, como:
A pressão também vem das críticas do ex-presidente Donald Trump ao Federal Reserve, por não ter cortado os juros mais cedo. A decisão judicial que limitou a autoridade de Trump sobre tarifas internacionais também influenciou o mercado, embora as tarifas tenham sido mantidas por enquanto.
Um relatório mostrou que a indústria dos EUA encolheu mais do que o esperado, o que pode abrir espaço para o Fed cortar juros pela primeira vez em 2025. A expectativa é que o relatório de empregos de sexta-feira traga mais clareza.
Enquanto isso, o ouro atingiu novo recorde, reforçando o clima de aversão ao risco.
Empresas em destaque:
- Constellation Brands: –6,6%, após queda nas vendas de cervejas premium
- Kraft Heinz: –7%, após anunciar divisão da empresa em duas
- PepsiCo: +1,1%, após receber sugestões de reestruturação da Elliott Investment Management
O Nikkei 225 caiu 0,2%, refletindo a incerteza sobre o futuro do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, após derrota eleitoral e renúncia de aliados importantes. A crise interna do Partido Liberal Democrata gerou cautela entre investidores.
Outros índices asiáticos:
- Austrália (S&P/ASX200): –1,1%
- Coreia do Sul (Kospi): +0,3%
- Hong Kong (Hang Seng): –0,2%
- China (Shanghai Composite): –1,0%