Ex-secretário-geral promete recuperação econômica e nova coalizão; oposição exige que Parlamento volte a funcionar mesmo durante campanha.
O ex-secretário-geral do Partido Liberal Democrático (PLD), Toshimitsu Motegi, anunciou oficialmente sua candidatura à presidência da legenda nesta quarta-feira (10), após a renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. A eleição interna está marcada para 4 de outubro, com início da campanha em 22 de setembro.
Motegi, que concorre pela segunda vez ao cargo máximo do partido, afirmou que o PLD enfrenta sua maior crise desde a fundação e prometeu recuperar a economia japonesa em dois anos, com foco em salários acima da inflação e subsídios trilionários para governos locais.
“Quero construir um ambiente político que possa ser transmitido à próxima geração,” declarou Motegi durante coletiva no Parlamento.
Além de Motegi, o ex-ministro da segurança econômica do Japão, Takayuki Kobayashi, anunciou também nesta quinta-feira (11) sua candidatura a liderança do partido.
Nova coalizão e diálogo com a oposição:
Com o PLD e seu parceiro Partido Komei sem maioria nas duas casas do Parlamento, Motegi defende a formação de uma nova estrutura de coalizão, citando o Partido da Inovação do Japão e o Partido Democrático para o Povo como possíveis aliados.
Oposição exige sessão legislativa urgente:
Enquanto o PLD se concentra na disputa interna, partidos oposicionistas acusam o governo de provocar um vácuo político prolongado. Na manhã de quarta-feira, parlamentares do Partido Democrático Constitucional do Japão entregaram uma petição ao presidente da Câmara Baixa, Nukaga Fukushiro, exigindo a convocação imediata de uma sessão extraordinária, mesmo durante a campanha eleitoral.
“O Parlamento não está se reunindo em momento algum. Isso não atende à expectativa da população,” afirmou Ryu Hirofumi, presidente do Comitê de Assuntos Parlamentares da oposição.
Entre os temas urgentes citados estão:
- Tarifas alfandegárias dos Estados Unidos
- Extinção da alíquota provisória sobre a gasolina
O último período legislativo durou apenas cinco dias e foi encerrado no início de agosto, o que aumentou a pressão por retomada dos trabalhos.