Com crescimento de 1,5% em julho, mercado imobiliário japonês reflete demanda por moradia, hotéis e resorts; Hokkaido e Tóquio lideram valorização.
O preço médio dos terrenos no Japão subiu 1,5% em julho de 2025 em relação ao ano anterior, segundo dados do governo divulgados nesta terça-feira (16).
É o maior crescimento desde 1992, refletindo a forte demanda por moradia, o aumento do turismo internacional e o interesse de investidores estrangeiros, especialmente com o iene enfraquecido.
Turismo e comércio impulsionam áreas urbanas:
Os terrenos comerciais tiveram alta de 2,8%, puxados pela abertura de novos hotéis e lojas em áreas urbanas.
Segundo o Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo, há crescimento na procura por condomínios em Tóquio e resorts em Hokkaido.
A cidade de Chitose, em Hokkaido, onde está localizada a fábrica da Rapidus Corp., registrou a maior valorização comercial do país, com alta de 31,4%.
Moradia em alta, mas com desafios:
Os terrenos residenciais subiram 1,0%, impulsionados pela demanda em áreas urbanas e por dormitórios de funcionários em regiões turísticas.
No entanto, algumas localidades tiveram crescimento tímido devido ao aumento dos custos de construção.
O destaque foi Furano, também em Hokkaido, que teve a maior valorização residencial, com alta de 27,1%, graças ao interesse de investidores em desenvolver resorts próximos às áreas de esqui.
Tóquio, Osaka e Nagoya lideram crescimento:
Nas três maiores metrópoles do país, Tóquio, Osaka e Nagoya, o preço médio dos terrenos subiu 4,3%, com crescimento tanto em áreas residenciais quanto comerciais.
O local mais caro do Japão continua sendo o terreno do Meidi-ya Ginza, em Tóquio, avaliado em 46,9 milhões de ienes por metro quadrado (US$ 320 mil), liderando o ranking pelo 20º ano consecutivo.
Pelo terceiro ano seguido, os preços em áreas regionais subiram:
- Residenciais: +0,1%
- Comerciais: +1,0%
Dos 47 estados japoneses, 20 registraram alta nos preços residenciais, três a mais que no ano anterior, enquanto **26 tiveram queda.
Recuperação após décadas de queda:
Após o estouro da bolha imobiliária em 1992, os preços dos terrenos no Japão entraram em declínio prolongado, agravado pela crise financeira de 2008 e pela pandemia de COVID-19.
Nos últimos anos, o mercado tem mostrado sinais consistentes de recuperação, com turismo e investimento estrangeiro como motores principais.
Com informações via Mainichi Shimbun