Tubulações corroídas e rachadas precisam de reparos em até um ano para evitar novos desabamentos como o que matou caminhoneiro em janeiro.
O governo do Japão anunciou nesta quarta-feira (17) que 72 quilômetros de tubulações de esgoto danificadas precisam ser consertadas com urgência dentro de um ano. A medida vem após uma tragédia ocorrida em janeiro, quando um caminhoneiro de 74 anos morreu ao ser engolido por uma cratera que se abriu repentinamente em uma rua na cidade de Yashio, próxima a Tóquio.
O Ministério da Terra, Infraestrutura, Transportes e Turismo do Japão informou que as tubulações apresentam corrosão e rachaduras graves, aumentando o risco de novos desabamentos no solo. Além disso, outros 225 quilômetros da rede de esgoto devem ser reparados nos próximos cinco anos, após a adoção de medidas emergenciais.
Durante inspeções feitas após o acidente, também foram descobertas cavidades subterrâneas perigosas próximas às tubulações em Hokkaido, Niigata e Kumamoto. Ao todo, 5.000 quilômetros de tubulações instaladas há 30 anos ou mais devem passar por vistorias em todo o país.
Até o dia 8 de agosto, 621 quilômetros já haviam sido analisados, utilizando câmeras remotas e inspeções presenciais. O governo pediu que as prefeituras realizem os reparos ou substituições necessárias o quanto antes.
O secretário-chefe do Gabinete, Yoshimasa Hayashi, declarou em coletiva de imprensa que o governo dará apoio técnico e financeiro às cidades, com o objetivo de construir um sistema de esgoto mais “resiliente e sustentável”.
O trágico acidente de janeiro deixou o país em alerta. O corpo do caminhoneiro só foi encontrado em 2 de maio, após três meses de buscas difíceis devido a desmoronamentos contínuos e presença de água no subsolo.