Ex-gerente de banco no Japão pode pegar 12 anos por roubo de barras de ouro e dinheiro

Promotoria pede pena pesada para ex-funcionária do MUFG Bank acusada de desviar cerca de 1,7 bilhão de ienes de clientes

Promotores japoneses solicitaram nesta quinta-feira (18) uma pena de 12 anos de prisão para Yukari Yamazaki, de 47 anos, ex-funcionária do MUFG Bank, acusada de roubar barras de ouro e dinheiro dos cofres particulares de clientes em duas agências de Tóquio.

O caso foi classificado pela promotoria como “um crime sem precedentes”, devido ao alto valor e à violação da confiança no sistema bancário.

Yamazaki, que atuava como gerente interina nas agências de Nerima e Tamagawa, teria desviado barras de ouro avaliadas em cerca de 330 milhões de ienes (cerca de US$ 2,2 milhões), além de 60 milhões de ienes em dinheiro entre março de 2023 e outubro de 2024, pertencentes a seis clientes.

Segundo os promotores, o total desviado pode chegar a 1,7 bilhão de ienes, ao se considerar valores retirados de outros clientes afetados. A própria Yamazaki, que trocou de sobrenome de Imamura para Yamazaki após sua primeira prisão, confessou em juízo ter roubado entre 1,7 e 1,8 bilhão de ienes em bens e dinheiro.

O banco MUFG, principal unidade financeira do grupo Mitsubishi UFJ Financial Group, estima o prejuízo em cerca de 1,4 bilhão de ienes, afetando aproximadamente 70 clientes.

Durante o julgamento, a promotoria destacou que a acusada abusou da posição de confiança que tinha no banco para cometer os crimes, prejudicando a imagem da instituição e o sentimento de segurança dos clientes.

A defesa de Yamazaki, por outro lado, sugeriu uma pena mais branda, de cinco anos de prisão, alegando que ela demonstrou arrependimento e colaborou com as investigações.

Em sua declaração final, a ré se desculpou pelas consequências sociais de suas ações:

“Peço desculpas sinceras pelo enorme impacto que causei à sociedade.”

Yamazaki começou a trabalhar no MUFG Bank em 1999 e subiu de cargo ao longo dos anos. Ela foi demitida em novembro de 2024, após um cliente perceber a ausência de bens e denunciar o caso.

Desde então, o banco está reembolsando os clientes pelos valores roubados, além de devolver as taxas cobradas pelos cofres durante o período em que Yamazaki atuava nas agências.

A sentença final será anunciada pelo Tribunal Distrital de Tóquio no dia 6 de outubro.