Homem na casa dos 60 anos teria apresentado documento falso para ser contratado em colégio de Fukuoka; comentário inadequado a aluna ajudou a revelar o caso.
Um professor assistente, com cerca de 60 anos, está sendo investigado por ter utilizado uma licença de ensino falsificada para conseguir emprego em uma escola municipal na cidade de Sue, em Fukuoka, sudoeste do Japão. A informação foi revelada no dia 24 de setembro, após o caso vir à tona por meio de uma denúncia.
Segundo a Junta de Educação Municipal, o homem foi contratado em abril para atuar como assistente em uma escola de ensino fundamental e médio, mesmo sem apresentar o documento original que comprova sua habilitação como professor. Ele está afastado e permanece em licença remunerada em casa, enquanto o caso é investigado pela delegacia de Kasuya, sob suspeita de falsificação e uso de documento público.
O caso começou a ser investigado em meados de setembro, quando a escola procurou a polícia após suspeitar que o professor não possuía a licença exigida. A contratação foi feita com base apenas na cópia de um documento supostamente emitido por uma junta educacional de outra cidade. O currículo do homem incluía experiências anteriores em escolas fora de Fukuoka.
O professor assistente não ministrava aulas sozinho, mas ajudava nas atividades escolares, como aplicação de provas e apoio em sala de aula. Na escola municipal de Sue, ele atuava principalmente no apoio às aulas de matemática para o segundo ano.
O alerta sobre a possível falsificação surgiu após o homem ter feito um comentário inapropriado a uma aluna no dia 11 de setembro. Enquanto a estudante limpava o chão ajoelhada, ele teria dito: “Você está sexy.” A frase chegou aos ouvidos de pais por meio de outro aluno, e uma mãe decidiu verificar online as informações sobre o professor. No dia seguinte, ela contatou a escola dizendo suspeitar que ele não tinha licença de professor.
Confrontado, o homem admitiu ter feito o comentário, alegando que “não teve más intenções”, mas se mostrou evasivo ao ser questionado sobre a validade de sua licença. Com isso, foi imediatamente afastado.
No dia 22 de setembro, a escola realizou uma reunião com os pais para explicar o ocorrido e as medidas que serão tomadas. Já no dia 24, foi iniciado um levantamento com todos os alunos sobre o comportamento do professor. Em depoimento à Junta de Educação, ele reconheceu: “Não tenho a licença original.”
Em nota, a junta afirmou:
“Vamos focar no acolhimento dos alunos e, a partir de agora, exigiremos a apresentação do documento original no momento da contratação.”
O caso levanta preocupações sobre os critérios de contratação de educadores temporários e reforça a necessidade de verificação rigorosa de documentos na rede pública de ensino japonesa.