Quatro jovens são presos no Japão por embriagar e roubar homem com deficiência intelectual

Suspeitos usaram rede social para atrair a vítima, o forçaram a beber uísque e roubaram seu celular e dinheiro eletrônico

Quatro pessoas foram presas no Japão por roubar um homem com deficiência intelectual leve, após forçá-lo a ingerir grande quantidade de uísque. O caso foi divulgado pela Divisão de Investigação Criminal da Polícia Metropolitana de Tóquio nesta quinta-feira, 25 de setembro.

Os suspeitos são:

  • Daichi Suzuki, 22 anos, trabalhador de empresa em Atami, em Shizuoka;
  • Kanako Sato, 24 anos, moradora do bairro Edogawa, em Tóquio;
  • Sota Shimazaki, 21 anos, estudante universitário de Abashiri, Hokkaido;
  • e um jovem de 19 anos, funcionário de restaurante em Tóquio (nome não divulgado por ser menor de 20 anos, idade legal no Japão).

Todos foram presos sob suspeita de roubo com uso de substância.

Segundo a polícia, o grupo teria conhecido a vítima por meio de redes sociais, no início de 2024. Sato se aproximou do homem, que tem cerca de 40 anos e mora em Nakano, Tóquio, por interesse em comum em animes. Após perceber que ele tinha deficiência intelectual, Sato o apresentou aos outros suspeitos, chamando-o de “um cara interessante”.

O crime aconteceu no dia 5 de junho, entre 18h30 e 19h30. O grupo teria dito à vítima: “É um remédio milagroso, beba”, ao oferecer uísque em plena rua próxima à casa do homem. Ele foi forçado a beber mais de 700 mililitros da bebida alcoólica, ficando completamente embriagado. Nesse estado, teve o celular roubado, além de sofrer abusos — ele foi forçado a se despir, enquanto tudo era filmado pelos agressores.

O homem foi abandonado em arbustos próximos de casa. No dia seguinte, seu celular foi devolvido, mas cerca de 100 mil ienes (aproximadamente R$ 3.300) em dinheiro eletrônico já haviam sido usados pelo grupo, principalmente com comida, bebida e transporte.

Dias depois, em 8 de junho, o grupo teria chamado novamente o homem e o abandonado em uma área montanhosa em Shizuoka. Foi após esse segundo episódio que a família da vítima procurou a polícia, o que levou à descoberta dos crimes.

A polícia segue investigando o caso, que gerou grande repercussão no país pela crueldade e premeditação do grupo, além da exploração de uma pessoa vulnerável.