Japão inicia outubro com reajustes no salário mínimo, alta nos preços e mudanças na saúde e no trabalho

Japão doações em dinheiro

Alterações impactam idosos, consumidores e trabalhadores; coparticipação médica sobe, alimentos ficam mais caros e empresas devem flexibilizar jornadas.

A partir de 1º de outubro, o Japão inicia uma série de mudanças que afetam diretamente o cotidiano da população, com impactos na saúde, alimentação, trabalho e economia doméstica. As alterações foram divulgadas pelo jornal The Mainichi e envolvem revisões em políticas públicas e ajustes de mercado.

Saúde: coparticipação médica para idosos

Idosos com 75 anos ou mais e renda anual superior a ¥2 milhões (cerca de US$ 13.500) terão a coparticipação médica ambulatorial aumentada de 10% para 20%. Além disso, o teto mensal de ¥3.000, criado para amenizar o impacto, será eliminado, o que pode elevar os custos para essa faixa etária.

Alimentação e bebidas: preços mais altos

Grandes empresas como Kirin, Suntory, Asahi, Coca-Cola e Ito En anunciaram reajustes nos preços de refrigerantes e sucos. Bebidas de 500 ml passarão a custar ¥200 ou mais nas máquinas automáticas. Produtos básicos como arroz e soja fermentada (natto) também terão aumento. Ao todo, mais de 3.000 itens devem sofrer reajustes.

Salário mínimo: nova média nacional

Cada prefeitura japonesa terá um novo valor de salário mínimo por hora. A média nacional subirá ¥66, chegando a ¥1.121/hora.

  • Tóquio lidera com ¥1.226/hora
  • Kochi, Miyazaki e Okinawa ficam na base, com ¥1.023/hora

O reajuste começa em Tochigi (1º de outubro) e será concluído em Akita (31 de março de 2026).

Trabalho: jornada mais flexível

Empresas deverão oferecer:

  • Teletrabalho
  • Horários reduzidos para trabalhadores com filhos pequenos
  • Ajustes de jornada durante a gravidez e o parto

A medida visa promover equilíbrio entre vida profissional e pessoal, especialmente para famílias jovens.

Seguros de automóveis: prêmios mais caros

Companhias como Tokio Marine e Sompo Japan anunciaram aumento de até 8,5% nos prêmios de seguros de automóveis, devido ao encarecimento dos reparos e ao impacto de desastres naturais.

Com informações via The Mainichi, Ministério da Saúde – Trabalho e Bem Estar, Agência de Seguros do Japão