Governo japonês propõe programa universitário integrado de cinco anos para acelerar formação de mestres

Nova iniciativa do Ministério da Educação busca estimular mais estudantes a cursarem pós-graduação reduzindo o tempo total de estudo

O Ministério da Educação do Japão propôs nesta quarta-feira (8) a criação de programas universitários integrados de cinco anos, que unificam os cursos de graduação e mestrado. O objetivo é encorajar mais estudantes a seguir na pós-graduação ao reduzir o tempo total de estudo exigido atualmente.

Hoje, para obter um mestrado no Japão, um estudante precisa cursar quatro anos de graduação e dois de mestrado, totalizando seis anos. Embora existam exceções que permitem a conclusão em cinco anos, esses casos são raros.

De acordo com a proposta apresentada ao painel consultivo do ministério, as universidades que desejarem adotar o novo modelo precisarão solicitar aprovação oficial, já que o governo pretende revisar os padrões educacionais e implementar o sistema a partir de abril do próximo ano letivo.

O plano prevê duas opções para as instituições: permitir que os alunos obtenham o título de mestre em um ano adicional após o curso tradicional de quatro anos, ou permitir que disciplinas de nível de pós-graduação sejam cursadas durante a graduação, encurtando o tempo de conclusão do mestrado posteriormente.

Cada programa será avaliado e certificado pelo Ministério da Educação para garantir a qualidade do ensino. O governo também estuda a possibilidade de, no futuro, reduzir o tempo necessário para a graduação, dependendo da aceitação e dos resultados do novo sistema.

A ideia de expandir os programas integrados entre graduação e mestrado foi inicialmente apresentada em fevereiro, em um relatório sobre reformas no ensino superior japonês.

Algumas universidades já se adiantaram: a Universidade de Tóquio anunciou que lançará um curso integrado de cinco anos na nova Faculdade de Design UTokyo College, com início previsto para setembro de 2027.

Segundo dados do ministério, 78.991 estudantes estavam matriculados em cursos de mestrado no ano de 2024. Em comparação com 2003, o número de alunos nas áreas de engenharia e agricultura aumentou, enquanto os cursos de humanidades e ciências sociais registraram queda.