Kumamoto lidera aumento, impulsionado por indústria e falta de mão de obra; estrangeiros tornam-se essenciais para comunidades em declínio
A população de residentes estrangeiros aumentou rapidamente em várias regiões do Japão ao longo da última década. Dados compilados pela Kyodo News mostram que 10 cidades mais que dobraram o número de moradores não japoneses, evidenciando o papel crescente desses grupos no enfrentamento da escassez de mão de obra.
Em Kumamoto, na ilha de Kyushu, registrou o maior crescimento: sua população estrangeira triplicou no período. Hokkaido, Okinawa e outras duas cidades de Kyushu completam as cinco primeiras posições entre as que tiveram maior expansão.
A instalação da primeira fábrica da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC) em Kumamoto, que iniciou produção em massa no final do ano passado, contribuiu para atrair trabalhadores estrangeiros. Além disso, Kyushu e Okinawa ficam próximas geograficamente de outros países e regiões da Ásia, facilitando a mobilidade.
O governo tem adotado medidas para incentivar que estudantes internacionais permaneçam no país após a graduação. A questão agora é como evitar que todos se concentrem apenas nos grandes centros urbanos.
Todas as 47 cidades japonesas registraram aumento de residentes estrangeiros. No total nacional, a população não japonesa atingiu 1,78 vez o número registrado dez anos antes, comparando dados de 1º de janeiro de 2015 e 2025.
Enquanto isso, a população japonesa tem caído especialmente fora das grandes cidades. Muitas regiões continuam perdendo jovens para áreas urbanas, o que acelera a queda populacional e evidencia desigualdades no movimento demográfico do país.
Com esse cenário, estrangeiros vêm desempenhando um papel cada vez mais importante no apoio às comunidades locais. Sua participação em atividades regionais tem sido essencial para manter serviços básicos em áreas afetadas pelo envelhecimento e pela falta de moradores.
