Governador de Gifu pede revisão de taxas da NHK para dispositivos em veículos oficiais

Yoshihide Esaki argumenta que navegadores de carro e celulares com TV não são usados para assistir à programação e não deveriam gerar cobrança

O governador de Gifu, Yoshihide Esaki, reuniu-se em 26 de novembro, em Tóquio, com executivos da NHK para pedir uma revisão do sistema de cobrança das taxas de recepção. Ele argumenta que é inadequado pagar a taxa para sistemas de navegação veicular com capacidade de TV, instalados em veículos oficiais, já que não são usados para assistir à programação.

A discussão ocorre após revelações de que diversos governos locais no Japão possuem taxas de recepção não pagas relacionadas a veículos oficiais. Esaki defende que não faz sentido cobrar por dispositivos que não têm finalidade de visualização.

No caso do governo de Gifu, cerca de 50 dispositivos — somando navegadores de carro com TV e celulares oficiais com serviço 1seg — estão sujeitos à cobrança. Em julho, o valor não pago, incluindo taxas de municípios, chegava a aproximadamente 50 milhões de ienes (cerca de US$ 320 mil).

A reunião com o diretor-executivo da NHK, Hideo Koike, durou mais de uma hora. Segundo o governo, Esaki pediu que a emissora considere excluir esses dispositivos da cobrança, com base na interpretação da Lei de Radiodifusão e suas regulamentações. Ele também criticou a falta de clareza do sistema de contratos para locais corporativos. A NHK respondeu que, embora não possa alterar a lei, irá avaliar possíveis mudanças regulatórias.

Esaki já havia declarado, em sessões da assembleia, que é justo pagar por dispositivos realmente usados para assistir à TV, mas não é adequado gastar dinheiro público com aparelhos que não são utilizados para esse fim. A cidade pretende definir sua postura após consultas com a Associação Nacional de Governadores.

Após a descoberta das taxas não pagas, diversos municípios japoneses estão correndo para regularizar pagamentos e organizar procedimentos. Em comunicado ao jornal Mainichi Shimbun, o departamento de relações públicas da NHK afirmou que o modelo de cobrança para empresas precisa de mais análise. Também ressaltou que, apesar disso, a emissora requer pagamento conforme declarações adequadas, e que, por se tratar de dinheiro público, buscará fornecer explicações claras sobre o processo.