Vendas da Tesla caem 13% e registram segunda queda seguida

Declínio nas vendas de carros elétricos ocorre em meio a críticas ao posicionamento político de Elon Musk e à forte concorrência global

A Tesla, gigante americana dos veículos elétricos (EVs), anunciou nesta terça-feira que vendeu 384.122 unidades no segundo trimestre de 2025. O número representa uma queda de 13% em relação ao mesmo período do ano passado, repetindo o forte recuo já registrado no primeiro trimestre, quando as vendas também caíram 13%, a maior queda da história da empresa até então.

Essa é a segunda vez consecutiva que a Tesla apresenta queda superior a 10% nas vendas, o que não acontecia desde o segundo trimestre de 2024. A retração nas vendas tem sido atribuída, em parte, à imagem pública do CEO Elon Musk, que tem causado polêmica com declarações políticas.

Musk, que ocupou um alto cargo no governo Trump, chegou a criticar publicamente líderes europeus, o que gerou forte rejeição na região e prejudicou a imagem da Tesla. Além disso, enquanto liderava o chamado “Departamento de Eficiência Governamental” (DOGE), promoveu cortes agressivos no setor público dos EUA, gerando insatisfação e preocupação com o mercado de trabalho.

Essas atitudes teriam afetado negativamente a marca Tesla, especialmente nos mercados europeu e norte-americano. Na China, a empresa também enfrenta dificuldades, com a forte concorrência de fabricantes locais como a BYD, que oferecem modelos mais acessíveis e competitivos.

Desde maio, Musk tenta se distanciar de vínculos políticos e demonstrar maior dedicação à gestão da Tesla. No entanto, especialistas afirmam que reverter a perda de confiança do consumidor será um desafio.