Apenas 26,7% dos japoneses usaram IA generativa em 2024, índice bem abaixo de EUA e China. Ministério pede mais esforços para impulsionar adoção.
O uso da inteligência artificial generativa (IA) no Japão ainda está em estágio inicial, mesmo com o rápido avanço global da tecnologia. De acordo com o Livro Branco de 2025, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, apenas 26,7% dos japoneses afirmaram ter utilizado ferramentas de IA generativa no ano fiscal de 2024.
Embora o número represente um avanço em relação ao ano anterior, quase triplicando o índice de 2023, o Japão ainda está muito atrás de potências como os Estados Unidos (68,8%) e a China (81,2%) no uso dessas tecnologias.
Uso concentrado entre os jovens
Segundo o relatório, o grupo que mais utiliza IA generativa no Japão são os jovens na faixa dos 20 anos, com 44,7% de adesão. As principais aplicações incluem buscas, resumos de texto e tradução, indicando um uso mais voltado para produtividade e aprendizado.
Por outro lado, muitos dos que ainda não utilizam a tecnologia dizem que ela “não é necessária” em suas rotinas pessoais ou de trabalho, ou ainda que “não sabem como usar” as ferramentas baseadas em IA.
Chamado por maior digitalização
O Livro Branco descreve a inteligência artificial como “pilar fundamental da futura sociedade digital”, e destaca a necessidade de ampliar sua aplicação tanto na indústria quanto na vida cotidiana. O governo japonês quer acelerar essa transformação para que o país possa competir em pé de igualdade com os líderes globais no setor.

Atualmente, o mercado global de IA generativa, baseado em modelos de linguagem avançados capazes de compreender contexto e gerar respostas naturais, é liderado por gigantes da tecnologia nos EUA e por startups inovadoras na China.
Japão avança com modelos próprios
Apesar do cenário conservador no uso popular da tecnologia, o documento reconhece que o Japão também está progredindo no desenvolvimento de IA generativa, com destaque para modelos menores, mas altamente eficientes, em fase de pesquisa e testes.
O desafio, segundo o relatório, é tornar essas soluções mais acessíveis e conhecidas do grande público, superando barreiras como falta de familiaridade, resistência cultural e lacunas educacionais.
Com informações via Mainichi Shimbun