Ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, é preso novamente por declaração de lei marcial

Yoon é acusado de insurreição, abuso de poder e obstrução de justiça; ex-líder já havia sido preso em janeiro

O ex-presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi preso novamente nesta quinta-feira (10) por envolvimento na controversa declaração de lei marcial feita no final do ano passado. A decisão foi tomada pelo Tribunal Distrital Central de Seul, que emitiu um novo mandado de prisão com base no risco de destruição de provas.

Yoon já havia sido detido em janeiro de 2025, mas foi libertado em março após o mesmo tribunal revogar sua prisão. No entanto, a investigação criminal avançou desde então, conduzida por uma equipe especial liderada pelo promotor Cho Eun Suk.

O ex-presidente foi destituído oficialmente do cargo em abril, após o Tribunal Constitucional confirmar a moção de impeachment aprovada pelo parlamento. A medida teve como base a imposição de lei marcial feita por Yoon em dezembro de 2024, o que mergulhou o país em uma crise política que durou meses.

Atualmente, Yoon responde na Justiça por acusações graves, incluindo insurreição — crime que pode levar à prisão perpétua ou até à pena de morte, se condenado. Ele também é investigado por abuso de poder e obstrução de deveres oficiais.

Durante a audiência realizada na quarta-feira (9), Yoon negou todas as acusações e afirmou que agiu dentro da lei. Ainda assim, a Justiça decidiu pela nova prisão como medida preventiva, temendo interferência no processo judicial.