Competição começou com grandes feitos: brasileiro Caio Bomfim se torna o maior medalhista do país em mundiais e sueco Armand Duplantis salta 6,30m para seu terceiro título mundial.
O Mundial de Atletismo 2025 começou em Tóquio no sábado, 13 de setembro, e já nos primeiros dias trouxe resultados históricos para o esporte mundial e brasileiro.
Caio Bonfim conquista prata e entra para a história:
Na prova dos 35km da marcha atlética, realizada na noite de sexta-feira (13), o brasileiro Caio Bonfim garantiu a medalha de prata com o tempo de 2h28min55s, ficando atrás apenas do canadense Evan Dunfee (ouro, 2h28min22s) e à frente do japonês Hayato Katsuki (bronze, 2h29min16s).

Com esse resultado, Bonfim se torna o maior medalhista do Brasil em Mundiais de Atletismo, ao lado de Claudinei Quirino, somando três medalhas:
- Bronze nos 20km em Londres (2017)
- Bronze nos 20km em Budapeste (2023)
- Prata nos 35km em Tóquio (2025)
Ele também foi medalhista olímpico em Paris 2024, com a prata na mesma modalidade, e ainda volta às pistas na sexta-feira (19) para disputar os 20km, buscando mais um pódio para o Brasil.
Duplantis quebra recorde e conquista terceiro título mundial:
Na segunda-feira (15), o sueco Armand Duplantis brilhou novamente ao quebrar o recorde mundial do salto com vara pela 14ª vez, atingindo 6,30 metros e se tornando tricampeão mundial.
A marca superou sua própria anterior por um centímetro. Na disputa, o grego Emmanouil Karalis levou a prata com 6,00m, e o australiano Kurtis Marschall ficou com o bronze ao saltar 5,95m.

Duplantis receberá cerca de 145 mil euros pela conquista:
- 60 mil pela medalha de ouro
- 85 mil pelo novo recorde mundial
Somente em 2025, ele já quebrou o próprio recorde quatro vezes, sendo a última no Grand Prix da Hungria, com 6,29m.
Simbu vence maratona por três centésimos:
Em uma das chegadas mais emocionantes da história dos mundiais, o tanzaniano Alphonce Felix Simbu venceu a maratona masculina ao ultrapassar o alemão Amanal Petros na linha de chegada.
Ambos terminaram com o tempo de 2h09min48s, mas o photo finish deu a vitória a Simbu por três centésimos de segundo.
“Quando vi meu nome no telão, fiquei aliviado. Fiz história hoje: o primeiro atleta da Tanzânia a ser ouro no Mundial,” disse Simbu, de 33 anos.
A menor diferença registrada em maratonas de mundiais até então era de um segundo, em Edmonton 2001.

Três brasileiros participaram da prova:
- Johnatas de Oliveira: 38º lugar (2h18min22s)
- Paulo Roberto Paula: 45º lugar (2h20min18s)
- Ederson Vilela Pereira: 63º lugar (2h28min40s)
O Mundial de Atletismo em Tóquio segue até domingo, 21 de setembro de 2025, com mais disputas e chances de medalhas para os atlétas do Japão e do Brasil.