Após implementação de taxa para casos leves, cidade na província de Mie registra queda de 10% nos transportes por ambulância e crescimento de 30% em atendimentos noturnos e em feriados.
O Governo Municipal de Matsusaka, na província de Mie, divulgou um relatório que mostra uma redução de cerca de 10% nos atendimentos por ambulância e transporte de pacientes para hospitais, após a implementação de uma taxa de ¥7.700 (cerca de US$ 47) para casos leves que não exigem hospitalização.
A medida entrou em vigor em junho de 2024, e os dados foram monitorados ao longo de um ano.
Segundo o relatório, a cobrança contribuiu para a sustentabilidade do sistema de emergência médica, ao desencorajar o uso indevido de ambulâncias.
O número total de atendimentos realizados pelo Corpo de Bombeiros de Matsusaka, que cobre também as cidades de Taki e Meiwa, foi de 14.184 casos até maio de 2025, uma queda de 10,2% em relação ao ano anterior.
Além disso:
- O número de dias com 50 ou mais atendimentos caiu de 86 para 36
- Foram transportadas 14.786 pessoas aos três principais hospitais da cidade
- 1.467 pacientes foram cobrados pela taxa, representando 9,9% dos transportados
Dos 7.585 pacientes que retornaram para casa sem necessidade de internação, apenas esses 1.467 foram considerados casos leves sujeitos à cobrança.
Apesar da queda nos transportes por ambulância, houve um aumento de cerca de 30% na:
- Procura por clínicas médicas em feriados e à noite
- Ligações para linhas diretas de emergência
Segundo autoridades locais, isso indica que os moradores estão optando por serviços alternativos em situações menos urgentes, como forma de evitar a taxa e utilizar os recursos de forma mais consciente.
Com base nos resultados, o governo municipal afirmou que continuará incentivando o uso adequado de ambulâncias e instituições médicas, reforçando a importância de educar a população sobre o funcionamento do sistema de emergência.
A medida tem sido vista como um modelo de gestão eficiente, especialmente em regiões que enfrentam sobrecarga nos serviços de saúde.
Com informações via Mainichi Shimbun