Cidade japonesa limita uso de smartphones a 2 horas por dia com nova regra

Toyoake, em Aichi, cria primeira lei do Japão com limite de tempo para uso de celulares por lazer, válida para todos os moradores

A cidade de Toyoake, em Aichi, implementou no dia 1º de outubro uma nova lei municipal que define diretrizes para o uso de smartphones e tablets. A medida inédita no Japão vale para todos os cerca de 68 mil moradores da cidade e tem como foco principal o bem-estar e a qualidade do sono da população, especialmente das crianças e adolescentes.

De acordo com a nova regra, o uso desses dispositivos para fins de lazer — ou seja, excluindo atividades relacionadas a trabalho ou estudos — deve ser limitado a no máximo duas horas por dia. A lei também estabelece horários para que as crianças deixem de usar os aparelhos:

  • Até as 21h para crianças do ensino fundamental e mais novas
  • Até as 22h para estudantes do ensino médio e jovens com menos de 18 anos

A prefeitura enviou mensagens no mesmo dia para alunos do ensino fundamental e médio, orientando sobre os novos limites. No comunicado, dizia:

“Cuide do seu sono e da sua saúde. Converse com sua família sobre quanto tempo deve usar o smartphone ou outros dispositivos.”

Para os pais, a mensagem foi clara: o principal objetivo da nova regra é garantir horas suficientes de sono para as crianças e adolescentes.

Além disso, a prefeitura de Toyoake já iniciou uma pesquisa com cerca de 250 moradores inscritos no sistema eletrônico da cidade, o “e-monitor system”. O questionário busca saber se a nova medida já causou mudanças no tempo de uso de celular durante o lazer, no tempo de sono ou na frequência de conversas em família.

Uma pesquisa maior com alunos do ensino fundamental e médio será realizada até o início de 2025. Depois disso, está prevista uma reunião entre os estudantes e o prefeito Masafumi Koki, para ouvir diretamente as opiniões dos jovens sobre a medida.

Esta é a primeira legislação do tipo no Japão, e pode servir de modelo para outras cidades interessadas em promover hábitos mais saudáveis no uso da tecnologia entre crianças, adolescentes e adultos.