Equipamentos de 95 gramas serão usados em áreas de alta radiação para criar modelos 3D do interior do reator nº 3; operação completa só deve começar em 2037.
A Tokyo Electric Power Co. (TEPCO) realizou em 1º de outubro uma demonstração de microdrones que serão usados para mapear o interior do reator nº 3 da usina nuclear de Fukushima No. 1, destruída após o terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.
A apresentação ocorreu em uma instalação simulada de reator em Kashiwa, na província de Chiba, e foi aberta à imprensa.
Os drones têm:
- 12 cm de comprimento
- 13 cm de largura
- 4 cm de altura
- Peso de 95 gramas
Projetados para operar em ambientes com radiação elevada, onde seres humanos não podem atuar, os drones devem voar por até 10 minutos e captar imagens em vídeo dentro do reator nº 3 em novembro.
Durante a demonstração, dois drones foram inseridos por um orifício de 14 cm. Um deles decolou e navegou entre tubos e obstáculos, mostrando sua capacidade de manobra.

Objetivo: remoção de combustível derretido
As imagens coletadas serão usadas para:
- Criar modelos 3D do interior do reator
- Identificar obstruções
- Avaliar danos estruturais
- Planejar a remoção de detritos radioativos
Estima-se que 880 toneladas de combustível nuclear derretido e materiais estruturais ainda estejam nos três reatores danificados da usina.
A remoção desse material é considerada a fase mais difícil do descomissionamento da planta.

Plano de extração e cronograma
Em julho, a TEPCO propôs um método para a remoção em larga escala dos detritos do reator nº 3:
- Inserção de um dispositivo em forma de haste para quebrar os detritos
- Aspiração lateral do material fragmentado
A preparação para essa operação deve levar de 12 a 15 anos, com início previsto não antes do ano fiscal de 2037.
Até agora, a TEPCO conseguiu extrair apenas 0,9 grama de corium do reator nº 2, em duas tentativas.
Segundo a empresa, as imagens captadas pelos drones serão cruciais para validar a viabilidade do plano de extração.
Com informações via Asahi Shimbun