Decisão torna definitivas as penas de prisão perpétua e longa duração para ex-marido, filha e namorado da vítima; crime chocou comunidades japonesa e brasileira.
A Suprema Corte do Japão rejeitou nesta quarta-feira (1º de outubro) os recursos apresentados por três réus brasileiros, tornando definitivas as condenações pelo latrocínio de Roseli Aihara Almeida, de 46 anos, ocorrido em Suzuka, na província de Mie, em maio de 2023.
A decisão encerra o processo judicial contra o ex-marido da vítima, a filha e o namorado dela, mantendo as sentenças proferidas nas instâncias anteriores.
O crime e suas repercussões:
O caso chocou as comunidades japonesa e brasileira. Roseli Almeida foi brutalmente assassinada na escadaria do prédio onde morava, após ter sua bolsa roubada em 3 de maio de 2023.
O ex-marido, Demerson Prates Almeida, de 51 anos, foi considerado o mentor e executor do crime.
A Suprema Corte manteve sua condenação à prisão perpétua, destacando que ele:
“Liderou o crime e executou o latrocínio com forte intenção de matá-la.”
Agindo em conluio com Demerson, a filha da vítima, Kimberly Kaori Aihara Almeida, e seu namorado, Lucas Haruyuki Hakozaki, também tiveram suas penas confirmadas pela instância máxima.
- Lucas Hakozaki: condenado a 20 anos de prisão por roubo seguido de homicídio
- Kimberly Almeida: condenada a 15 anos de prisão por cumplicidade no crime
O julgamento teve início no Tribunal Distrital de Tsu (Mie). Após a condenação inicial, os réus recorreram ao Tribunal Superior de Nagoia (Aichi), que manteve as sentenças. O caso foi então levado ao Primeiro Tribunal de Pequena Instância da Suprema Corte, que agora finaliza a ação judicial.
A decisão é considerada irrecorrível, encerrando oficialmente o processo e confirmando as penas impostas.
Com informações via Suprema Corte do Japão, Tribunal Distrital de Tsu